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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Cardo Santo

Vi-te a distância de um fôlego,
E tua beleza encantou meu ego
Despertando-me a tentação
De apreciar tua combustão.

À moda de um cabo-verdiano,
Olhei com olhos da mão,
Segurando-te, a verificar teu tino,
Pressenti tremor de antemão.

Então algo mudou em mim
E decidi examinar se és jasmim
Ou rosa para o meu jardim
Ou cardo santo do meu jardim.

O exame de pouca duração
Ergueu espinhos em função
E por tua tentação em relevo
Meu cérebro sentiu enlevo.

Não pude negar-te um beijão
Numa perfeita mescla sem vão
Com amor que neutraliza espinhos
Em suaves dores, com lanhos.


Amália Faustino


Nada contra você

Nada contra você
Não tenho nada contra você
Nem nunca estive contra você
E não sou mesmo contra você,
Porque não vivo contra você.

Sei que algum mal está com você
O mal que entrou na mente de você
Um mal que alojou dentro de você,
Esquivando-se no labirinto de você…

Esse mal insiste em afundar você
Num desfiladeiro que absorve você
E o coloca contra todos e contra você,
Endurecendo-o a uma pedra-você.

Quando eu tento fazer-lhe ver esse você
Em que você virou, eu sou picareta em você
Invisível mas sentida como marteladas em você
Mas anestesia-te, persistindo manter VOCÊ.

Apesar de duro, eu não desisto de tentar você
Fazer um profundo exame de consciência
Para reconhecer o mal artificial em você
Desista dessa essência se você tem ciência.


Amália Faustino Mendes, 31 de Dezembro de 2015 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Desabrochar

Desabrochar

Não te desnudes sem método,
Ostentando tuas partes mais íntimas
Que Deus espalhou pelo teu corpo todo
Para usares como surpresas de estimas.
 
Demonstra, aos poucos, espaços de sedução,
Fascínios do teu corpo, tua abnegação,
Tentando manter o enigma da atração
De quem merece entrar no teu coração.

Cuida para não te divulgares a alguém
Que te parece vulgar no primeiro contacto…
Não te deixes dominar o pulso por ninguém,
Contendo em ti o teu íman intacto.
 
Espera e insiste em certificar sentimento
De reciprocidade em algum momento,
Com enlevos e fascínios a todo o tempo
Sublimidade para surpreender no campo.

Se sobre ti queres controlo algum
Não conectes tua vida a qualquer um,
Sê previdente com a tua inocência
Vive o teu desabrochar com prudência.
 
Não te despojes com qualquer um;
Afasta de quem envenena a tua essência
Para destruir a tua decência
Para te deixar sem valor algum.
 

Amália Faustino Mendes, 30 de Dezembro de 2015

imagens do PREMIO NOSSIDE 27 NOV 2015

























sábado, 31 de outubro de 2015

em contrução


A minha tristeza profunda cresce em cave
A caminho do vale depressivo que aniquila
Fica aberto para o teu corpo e espírito
Que as  as tuas mãos construíram.

Guarda as tuas palavras como lanças dilacerantes,
Os teus gestos afiados como punhais
Embevecidos em ódios coléricos
Que da tua boca soltam p’ra mim cortantes!



Ó criatura das trevas
Escurecedor da minha mente,
Desde o seculo passado
Tolheu o meu sorriso, promovendo a minha desolação
Sem cessar e sem tréguas.


Zé ninguém



Zé ninguém

Hoje comecei o dia desassossegada,
O meu espírito atordoado por nada
Que eu possa explicar a alguém
Que não sejas tu, meu Zé ninguém!

Só tu tens competência e ciência
E saber construído de experiência
Para compreender minha insuficiência
Que precisas superar com inteligência.

Só tu sabes o que vale a turbulência
Que a tua presença refeita de ausência
Imprimiu à minha vida feita de inércia,
Que o teu império marcou em essência!

E tu só precisavas ter vontade e persistência,
Despoletar com pouco mais de paciência,
Adotar uma linguagem eivada de evidência
Proficiência amistosa, sentimentos e sapiência.

De contrário, meu desassossego eventual
Deixará de ser um mal-estar pontual
Que apenas perdure neste tempo actual
Para formar uma situação factual.
                                             
Desde sempre alimento a esperança
De um dia encontrar em ti o ser humano
Que me ampare e me recolha, sem dano
Para um coração fofo, sem punhal, sem lança!

Um ser humano do calibre dum abano,
Capaz de amainar meu calor abrasador,
Que me abrace docemente e me envolva
Fazendo frescura disseminar em meu corpo!

Procurei por um corpo com espírito santo,
Semelhante ao que Deus produziu
Que se une a mim por bem querer e amor
E sente saudades de mim na ausência .

Queria que fosses alguém, meu sol da manhã
Que olha para mim sorridente, sem manha,
Sem confusão da treva carrancuda da noite
Que ofusca quaisquer tardes de lestada.

Não insista em promover uma profusão perversa
De alguém empenhado na construção  depressiva
Escavando em mim, como picareta num sólido
Um abrupto desfiladeiro que nenhum remédio sara.

Tenta ser alguém, o meu sol da manhã
Que olha para mim sorridente, sem manha,
Que deixa de ser a treva carrancuda da noite
Com fumaça exposta nas tardes de lestada.



gloria

  E                          B7  
Glória, glória, glória, Aleluia! 

                            E  
Glória, glória, glória, Aleluia! 
  
E7                        A              
Glória, glória, glória a Deus nos altos Céus.  
       E       B7     E  
Paz na terra a todos nós!   
     
   E                      B7 
1. Deus e Pai nós vos louvamos: (Glória a Deus!)  
                E  
Adoramos, bendizemos. (Glória a Deus!)   
E7                     A  
Damos glória ao vosso nome: (Glória a Deus!)  
       E     B7    E  
Vossos dons agradecemos.   

    E                 B7  
2. Senhor nosso Jesus Cristo: (Glória a Deus!)  
             E  
Unigênito do Pai, (Glória a Deus!)  
E7                   A  
Vós de Deus Cordeiro Santo, (Glória a Deus!)  
       E      B7    E  
nossas culpas perdoai.   

   E                       B7  
3. Vós que estais junto do Pai, (Glória a Deus!)  
                  E  
como nosso intercessor. (Glória a Deus!)  
E7             A  
Acolhei nossos pedidos, (Glória a Deus!)  
     E     B7     E  
atendei nosso clamor.  
   
   E                  B7  
4. Vós somente sois o Santo, (Glória a Deus!)  
              E  
o Altíssimo Senhor. (Glória a Deus!)  
E7              A  
Com o Espírito Divino, (Glória a Deus!)  
        E       B7      E  
de Deus Pai no resplendor.  

  
B7
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