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terça-feira, 4 de julho de 2017
Um poeta lírico pode o amor fingir
E sempre pode estar alguém a enganar,
Cirandando palavras para deleitar
Quem assim prefere sem se afligir
O poeta bom e melhor em fingir,
Coloca o afeto num labirinto a andar
Com trombas de esperanças a driblar
Com motes de amor na boca a fugir.
Para quê colocar o amor a simular?
Para quê por uma estrela a cintilar,
Se depois ordena a nuvem interpolar
E a sombra perversa ao coração pilar?
Não seja burlão de alguém,com aurículas
E ventrículos impregnados de partículas
De males enferrujados por dióxidos de ódio
E sentimentos azotados em rachas de pódio
É preferível pateta lírico e romântico
Que preencha bem os vazios da vida,
O estatuto artificial encarcera e azeda
Humor e amor destas terras do Atlântico.
as suas pertences e manter
Num mundo que resiste em libertar
Na certeza que não ama nem vai amar
Sabendo que espera
Evitando quem espera para retalhar
Sem que verdade estivesse em nada
E eu sei que verdade em nada que fosse
Esteve presente
sempre mentiu
Se alguem viveu amor do engano e truques
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