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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Dia cinzento

DIA CINZENTO
Dia cinzento, espalhando sulcos de tristeza
A ensombrar umas série (de)mentes,
Cinzas colorindo de turvo alguma visão
Viventes piscando os olhos a fintar
Rajadas de fôlegos moribundos,
Arrastando a falsidade que nos rodeia.
Escoando em nós restantes a sua origem
Em debatidos regos de claridade,
Sussurros de potente voz virão
Suster o nosso ouvido betonado,
Quebrando a linha de sons, tons e ecos
Revistos no silêncio da medida:
Deixa assim estar, ser e acontecer!
Assim é, tem que ser e sempre será;
Nada há a fazer: resiliência? Deixa de seca!
O país? Este nunca mais será igual
Se foi, fora; de esperança forte, fartos!
Mas há-de morrer como tudo e outros.
AFM 8 dez 2019