Parei diante de uma flor
Acenava para mim, feliz
Zurzindo de mim o bolor
Que carrego como verniz
Untado no fixo de mim, a cor
Entalado entre dor e amor
O estranho no conhecido
Mundo em cortes dividido
Universidade na falsidade
Nulidade da humanidade
Desforra, desamor, desumanidade.
Orquestra de mísseis na cidade
Pulular de rokets na imensidade
Reco-reco de artilharia na herdade;
É vida na virada do valor da idade
Canonizada na posterioridade
Içada pela flor, do fundo do mundo.
Soterrada no espírito imundo
A PAZ bufada pelo AMOR moribundo.
Amalia Faustino
29 novembro 2023