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domingo, 18 de outubro de 2020

seja bom

 

Seja bom por natureza

Qualquer indivíduo é bom por natureza,

Mas a maldade pode destronar a bondade,

À medida que é invadida pela impureza

Da competição pela vida na imoralidade.

A impureza da competição pela vida imoral

Possui, na inserção, uma força descomunal

Para infetar, contagiar, disseminar e dominar

Os arautos da libertinagem, sem os iluminar.

Quem é bom por natureza, não deve coibir

Seu lado bom, mas deixa-se ser sem exibir

A moralidade de sua alma faz o mal eximir,

Sem hesitar em necessidade de reprimir.

Quem repele o bem atrai o mal, às vezes,

Numa subtil omissão ou ostentação de poses,

Distrai-se ante tais subtilezas de omissão,

Oculta o bem no mal, em subtil missão.

 

A razão reptiliana pode-lhe fazer refém

E por ignorância, sentir todo o mal por bem,

E ainda adotar atitudes de arrogância

De contornos perspicazes de ganância.

 

O interesse pelo benefício ao próximo

É essencial à felicidade da alma que cura,

Aspergindo sucessos de ação, ao máximo,

Gozando o triunfo que o mal não atura.

 

Ser bom torna feliz quem o for, sem remorso,

Ser bom é inerente ao detentor, sem esforço;

Sendo suave ser bom sem ser mau, seja bom

Sem fingir e deixa-se sê-lo, conforme seu dom.

 

Amália Faustino

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Desisti tarde

 

Desisti tarde

 

 

Perdi essência

 

Já estive mais distante

Dum fosso martirizante;

Insultante doutro instante

Retira-me a paz restante.

 

Levantando a mão de ferro

Olhando a levada da paciência

Passando ao lado, sem berro,

Veio desvanecer-me a essência.

 

Tinha que ser mais audaz

E do perigo manter distante;

Nesta era de jogo maliciante,

Atira-se o betão que for capaz.

 

Desisti tarde, perdi essência,

Jogando insistência na resistência,

Deambulando ao sol do deserto,

A pesquisar um oásis por perto.

 

Amália Faustino

15 de outubro de 2020

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Bom dia como presente

BOM DIA É PRESENTE

 

Se alguém diz um “bom dia ” intencionalmente

Com palavras que voam d’alma, coração e mente:

Amor, amizade, carinho, em consciência vertente,

Ruminam sentimentos de afeto de quem o sente

Exalando um bem querer e desejo subjacente!

 

Ao desejar a alguém um ”bom dia” vira presente

Se saírem dois braços do coração, suavemente,

Num abrir e fechar e apertar afetuosamente

Alguém de carinho, amizade e amor congruente

Correspondente ao produto da ação da mente!

 

Palavras suaves sopradas no “bom dia”, volatilizam;

Expressões de afeto e carinho, soltam e exalam,

Perfumam e adoçam, e o ambiente suavizam,

Relação fortalece, as pessoas envolvidas fomentam

E clima social desencrespa com “ois” que amenizam.

 

Dizer bom dia, refletido, ultrapassa uma obrigação,

De mantenha, regra social… é corpo e alma em ovação,

Expelindo bondade, dom por necessidade do coração;

E ostentar bons desejos regula a bílis, a circulação,

Sangue oxigenado, cérebro ágil, fácil boa ação.

 

Ninguém alheia amor, nem amizade patente,

Se forem produzidos afetuosamente,

E brotarem do coração de quem os sente

Como sentimento positivo, festivo e reluzente,

Sentido como querer bem uma pessoa diferente.

                                                                                                          Amália Faustino 25 Julho 2020

De amor podes falar

 

De amor comigo podes falar

Fala de amor e faz ódio amainar,

Adoçando-o na língua, diluindo

Como açúcar em água, esvaindo.

 

Por baixo, forma um fofo favo

E a abelha encolhe o ferrão,

Deixa sorver todo o mel mascavo

De mansinho e sem safanão!

 

E escapa estalido   - tlaaa, bão!

Certos fôlegos ativam[t1]  o coração

Inspirando bondade com suavidade

Expelindo ruindades com bestialidade.

 

Vejo uma alma libertina no plantão,

Conselhos estufados em orelha mouca

Rodeada de anjos a sobrevoar, então,

Ignora o barulho de ventoinha rouca

 

A arrebentar pipocas numa relação

Com o barulho da ventoinha rouca.

Chovem palmas em orelha mouca

Até que furou o fogo do vulcão.

 

Queimando o ódio e o sofrimento

Só o amor com qualquer sustento;

Ignora o pódio do adversário, melhor,

Quanto longe se liberta p’ra o exterior.


 [t1]ola