PENSAR MEUS "P"
Desejo ser poeta e com “P” versificar,
Pondo o punho e a pena a rabiscar
Os “P” do meu país e “P” do meu povo
E, como cabo-verdiana, a sina movo.
Meu povo, meu preto, orgulho brada,
Ainda que pobre, pastou passado de paz
Poetas, sem pena, em tudo capaz
Pega em pedras e faz vida amada.
Meu País pequeno, de pobreza plasmada
Aos olhos de poeta o "P" da pobreza
Semeado à terra, brota a riqueza,
Conforto fugás em pedaladas na estrada.
No sangue, quedas e rápidos, tudo é cabaz!!!
Ai o "P" semeado à terra, brotando riqueza!!!
Conta gotas de amor potente
da natureza
Pequenos poços perfurados na mente sem dureza
De Coitados a confortados, progresso da morabeza.
Filhos de Deus como Cristo, com crista,
Conformados com vida curta prevista,
Resignados ao sofrimento à vista,
Esgotantes, mente relaxa na pista!
Prega os olhos? Não!!! Pensa e extravasa
Pegadas de quem pensa e avança,
Mesmo que seja pior refletir em leveza
Melhor pensar do que decorar fortaleza.
Amália Faustino
Preterindo o receio de realçar o preto,
Castanho escuro, castanho claro da pele,
Em igualdade de valor da cor em concreto
Previrta laivos de racismo que expele.
Nos primódios, o preto dentro d’ovo
Quabra a casca silencioamente
Só o Espírito espreita! E voa a mente,
Medrando da casca deprimente
DESEJÁVEL
Tento ser poeta com “P” e versificar,
Pondo o punho e a pena a rabiscar
Os “P” do meu país, “P” do meu povo
Cabo-verdiano como preto fora de ovo.
Com olhos de poeta vejo a pobreza
Na minha terra, nas pessoas a riqueza
P’ra morabeza concorre a paciência
A particularidade natureza
Perdendo receio de realçar o meu preto,
Castanho escuro, castanho claro da pele,
Em igualdade de valor que branco concreto
Pretendo inocentar quaisquer laivos de racismo.
Ma quero mais realçar
fora d’ovo.
;
Nos primódios, preto dentro d’ovo
Sai da casca silencioamenteEspírito
Saiu da casca E dizer que sempre
DESEJÁVEL
Tento ser poeta com “P” e versificar,
Pondo o punho e a pena a rabiscar
Os “P” do meu país, “P” do meu povo,
E o Cabo-verdiano como preto fora de ovo.
Com olhos de poeta vejo a pobreza
Na minha terra, nas pessoas a riqueza
P’ra morabeza concorre a paciência
A particularidade natureza
Perdendo receio de realçar o meu preto,
Castanho escuro, castanho claro da pele,
Em igualdade de valor que branco concreto
Pretendo inocentar quaisquer laivos de racismo.
Ma quero mais realçar
fora d’ovo.
;
Nos primódios, preto dentro d’ovo
Sai da casca silencioamenteEspírito
Saiu da casca E dizer que sempre
DESEJÁVEL
Tento ser poeta com “P” e versificar,
Pondo o punho e a pena a rabiscar
Os “P” do meu país, “P” do meu povo
Cabo-verdiano como preto fora de ovo.
Com olhos de poeta vejo a pobreza
Na minha terra, nas pessoas a riqueza
P’ra morabeza concorre a paciência
A particularidade natureza
Perdendo receio de realçar o meu preto,
Castanho escuro, castanho claro da pele,
Em igualdade de valor que branco concreto
Pretendo inocentar quaisquer laivos de racismo.
Ma quero mais realçar
fora d’ovo.
;
Nos primódios, preto dentro d’ovo
Sai da casca silencioamenteEspírito
Saiu da casca E dizer que sempre