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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

NELSON MANDELA

 

 

Nos momentos terminais de uma vida

É mister perpetuar um certo filho de parida

Legítimo lutador pela liberdade esvaída

Sangue, suores e sofrimentos da partida,

Ostentados na oponência duma só saída

Nervando direitos olvidados como dívida!

 

Mandela, és tu, o filho da santa liberdade!

África te deve a dignidade e felicidade, 

Ninguém duvida, pela Paz para a humanidade

Deste em hipoteca a vida pela irmandade;

Empinhando a bondade para perdoar barbaridade

Logrando a capacidade para perpetuar na atualidade

Arqueando flores coloridas e perfumes de africanidade.

 

Amália Faustino, 5 de Dezembro de 2013

AMAR À MODA DE 2021

 

 

Amar à moda de 2021

 

AMOR deste século vem-se inovando de conceito,

Mudando sua essência sem paciência a preceito,

Armadilhando-se no sexo, abundando exiguidade afetiva,

Relações sem carinho congelando-se em condição aflitiva!

 

Ano passa, arrastando novos paradigmas de amar!

 

Mais se pulula no imediatismo libidinoso, que um amar

Ordenado por sentimentos sinceros de querer estimar,

Dar amparo e companheirismo, conferindo sentido à vida

Ausente de pressão angustiante e afronta promovida.

 

Deus deixe-me viver Seu Dom, num 2021 que acrescenta

Estes ingredientes de amor, carinho e amizade que basta:

 

2 dezenas de abraços envolventes, durante o dia solar;

0 situações aflitivas e zero afrontas por ciúmes no lar;

2 reforços diários ao valor e razão de estar vivente!

1 beijão carinhoso e desejado abraço envolvente.

 

28 de Dezembro de 2011

Alterado em 28 de Dezembro de 2020

Dia mundial do ambiente

 

Dia mundial do ambiente

 

Dia de hoje, dia especial e carinho ao ambiente

Investir em ações benéficas evitando o mal, ciente

A qualquer tempo, ano, mês, é papel de vivente!

 

Mudemos de mentalidade, cada um em particular,

Utilizando ideais que se materializam sem prejudicar,

Normas do ambiente, a ecologia, ou a atmosfera!

Dê-me a sua mão e façamos um grupo de esfera,

Inspirado em boas práticas protetoras da vida,

Animal racional e irracional, planta ou coisa querida,

Lutando contra a poluição, o efeito de estufa e a morte lenta.

 

Dê-me a sua mão e façamos um grupo que se esmera,

Orquestremos para gritar, em voz alta e deixar esta era!

 

Ame este mundo e queira que ele persista…

Marque uma presença com amor e não desista!

Bem-aventurados aqueles que protejam o ambiente

Identificando suas práticas com este ideal decente

Escolhendo atos nocivos ao ambiente, deles afastar

Nem que seja preciso algum sacrifício no belo estar

Tendo que prevalecer o ser, cirandado do tudo ter

Estonteante, que nem desgraça do ser deixa ver!

 

sábado, 26 de dezembro de 2020

NATAL & PROFANO

NATAL & PROFANO

Nasce e renasce Jesus Cristo,
A cada 25 de Dezembro,
Trazendo ao mundo o visto,
Amparo, salvação, e a cada membro,
Luz para elevação ao Pai Celeste.
Natal, enquanto aniversário,
Assume-se como festa de berçário,
Templo de menino sem veste
Alojado numa manjedoura,
Lumiado pela estrela aurora.
Natal, símbolo de união familiar,
Amizade, amor e gentileza a reconciliar,
Trindade santificada por mérito,
Apologia da paz e do perdão ao mal,
Logro e doação de presente inédito.

Natal atual exibido como festa
Adornada com muito cobro
Tropeça sua essência manifesta,
Aumenta exageros em dobro,
Ludibriando a crença em Cristo!

Partilha-se menos bem do que se ostenta,
Reparte-se problemas com quem os aventa,
Odiando quem nada tem, só porque pede,
Fazendo muita despesa, que nem se pode,
Ao fim do mês, desespera-se como um coitado
Na sua habitual sobrevivência, bem animado,
Orgulhoso por seu fim de mês igualmente mal!

A falsidade vestida de verdade modelo,

Presenteia doces e amargos de aparatos.

Amália Faustino

 

 

 

 

Celina Pereira

 

CELINA PEREIRA

 

Céus, parabéns por mais uma santa de partida

Entra Celina no reino da Glória, tem sua guarida

Lugar paradisíaco, sem escolta da sua vontade

Imortalizada na essência de suas obras de verdade

Nos tons da sua voz, com vida de apetecível história

Ameniza dores, adoçando sua partida com alegria.

 

Preferia que permanecesse, a modelar

Esta sociedade em mutação constante!

Redima e siga como nossa estrela polar

Entre no Reino e interceda por nós a Deus

Incite e insista que Ele perdoe crentes e ateus

Revigorando, no nosso interior, o lado benevolente,

Aspergindo inteligência a todos, bloqueando a violência.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Não o reconheci

Não o reconheci

 

Eu já não o reconheço!!!

O que era ou foi já não parece

Não vejo restos daquele indivíduo pacato

De braços caídos

Ombros encurvados

De aparência pacífica

Até nos passos lentos

De pegadas bem marcadas

No chão de terra batida

De achada de Bacio…

 

Esse indivíduo já não existe

Ou já não o reconheço.

 

Agora vejo um anoso adolescente

Num côncavo peito de fios brancos,

Exibido num propósito desabotoado

De costas convexas,

Destacando, num pescoço alongado,

Um toutiço cavado  por cheias

De suor, cravando vias do tempo,

Sem dar fé da urzela da face,

A contrastar com a negrura

Que cobre um crânio pintado…

 

Brotando raciocínio acidentado

Ou tremido como uma vara verde,

Deambula entre catorzinhas

Numa sensação esperançosa de viço,

Resvalando no contexto juvenil

Umas calças atadas às perninhas

Penduradas em cintos de nádegas

Deixando sobrar quartos no solo.

 

Oh! Que gestos de visão desajeitados

Consertados a pedradas na ilharga,

Valeu-lhe uma reformatação a gesso,

Sobrado num andar de tamarindeiro

Num cutelo exposto ao vento!

Oh! Por isso é que não o reconheço

Não me parece indivíduo do seu tempo,

Que consegue declarar seis décadas!

 

Setembro de 2011

 

 

O mal em triunfo

 

Numa noite fresca assobiava na face fria

De cabelos grisalhos sob o vento leste

Num Janeiro quase Dezembro que corria

Passados minutos no seu primeiro teste.

 

Entro na fase da prova de beliscar,

Experimentar se vivo verdadeiramente,

Se em triunfo estonteante a mordiscar.

Ou morto selecionado, potencialmente!

 

Se outros não tiveram a sorte de passar

Uma nova estação que os espera abraçar

Em nada se assemelha a esta realidade

Em que se teima na escassez de piedade.

 

A bondade mitigada no ódio e na inveja,

Exibindo seus dotes cínicos que se veja,

Brota-se do âmago crónico a impiedade

Concorrendo com estigmática raridade.

 

E pergunta-se ao seu augurado detentor

Se do ódio, da vingança é obreiro ou autor,

Por que não redimir as incorreções do ser

Gerando outras aparências sem parecer?

 

Suprindo as carências que urge socorrer,

Necessidades ocultadas, ou a concorrer,

Ao lado de pobrezas coloridas a bramir,

Mugem as portas da vida a suprimir.

 

Amália Faustino, 2 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Ciência & homem

 

CIÊNCIA & HOMEM

 

Cientista, homem ou mulher

Cada qual, maior ou melhor

Por género, igualdade aberta;

Destaque pela descoberta!

 

Da ciência confia-se no cristalino

Desconfia-se do mal confirmado

Qualquer efeito perverso é desatino

Capacidade? Em alcance limitado.

 

Impacto? Consequência acerta!

Método científico melhor a escolher

E importância nos efeitos que valer

Para a humanidade sofrida e incerta.

 

Tudo em alerta! E com razão!

 

Crê-se na ciência para o bem humano,

Até a esperança esbarrar nos limites

Da cientificidade e da vida em trâmites,

Numa fonte esgotada por desumano.

 

Espera-se melhoria de vida em vida,

Estudo cientifico de inovada benignidade

E vida, preservada com dignidade

Longevidade, qualidade, natural partida.

 

 

Amália Faustino Mendes    8 Dezembro 2020

verdade dos olhos

 

A verdade dos olhos

 

Os teus olhos que eu vejo,
Enquanto afastas o teu desejo,
Eles se afoitam a aventurar,
Enquanto os tentas assegurar.

Os olhos escondem mentiras
E exibem mensagens verdadeiras;
Os olhos persuadem e vencem
Desafios e fios que se tecem.

Os teus olhares, que sempre desvias
De repousarem onde os envias,
Ostentam, na verdade, que me querem!

E tu amas-me, mas coíbe os olhos de mostrarem,
É o teu amor que insistes que se retirem,
Mas eles ficam, furtivos, a me devorarem.

Amália Faustino, 12 de março de 2013

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Esperança & Ciência


ESPERANÇA & CIÊNCIA

Se dependesse do meu querer

O mês de dezembro para o ano 

Seria como S. Pedro para o céu

Portador de chave, fecha e abre

O ano 20-20, com notas de 20.

 

Dezembro inicia-se, fecha e abre

2020, às zero horas, entreabre 2021,

Promovendo, ao mês da paz, a esperança

Ciência, vacina ou cura, ou pacto de aliança

E seguiria janeiro de 2021 com paz e pujança.

 

Dezembro, seria mês de confiança,

Em que Deus da misericórdia relança

Sobre a humanidade esta herança:

NATAL de Jesus que não se cansa

De realizar milagre que ao vírus amansa.

 

Amália Faustino Mendes    2 de Dezembro de 2020

 

DEZEMBRO DE PANDEMIAS 

 

Primeiro de dezembro, luta contra a SIDA

Que reinava o trono da ciência e academia,

Um outro vírus fabricado, outra pandemia:

O SARS Cov 2, pandemia desconhecida

Sem destronar a SIDA, senta na poltrona

Com tirania e guerra que não abona.

 

Impiedade: ciência o desconhece em essência

E não festeja nem Natal, nem aniversário

Da origem da pandemia em recrudescência

Nem a vitória sobre o coronavírus; perdulário!

E de altos voos da ciência, mais destaca

A Estatística, no seu ramo e contra-ataca.

 

Números em destaque, internamento, perecimento,

Recursos e seres humanos esvaídos no momento

Sobe e desce a montanha sem pico de fiança

A pandemia desinstala da normalidade a confiança

E o zelo pelo fecho do ano com abraços virtuais

Brota um novo ano de afastados com toques residuais.  

 

 

Amália Faustino Mendes    1 de Dezembro 2020

 

Corveta

Assol Garcia - Beju Furtado

sábado, 28 de novembro de 2020

Gotas, cuidado

 

 

Pingus d'agua prindadu

Na nha korda di ropa

Ku medu di txiga txon

Es nbrasa, es fika karapatidu

Di renki sima vagon di konboi

Na stasan di seti riu.

 

N sta li ta odjá-s pa vidrasa

Di vez en kuandu un ta durmi

 Ta dismamanta ta futi

Ago ê so kel txon xuxu, la dibaxu !!!

Es sta sima kes gentis

Ki ta subi na poleru

Ta skesi modi ta dixidu

Ta desmamantadu ta mparadu

La di baxu, as vez ku spinhu ku pregu.

 

Na subi kre na pulitika

Nu rapara Kel kaminhu ki nu subi

Si ten degrau, nu konta, nu marka

Nu poi xintidu na loloda,

Nu dixi na kumesu txuba

Ou pelu menus antis di ben txeia

Si bu ka kre sumi.

 

Amália Fautino Mendes    28 novembro 2020

 

 

 

Pingos de água pendurados

Nas cordas da minha roupa

Com medo de tocarem o chão,

Abraçaram-se, ficaram grudados

Em fila como se fossem vagões de comboios

Na Estação de Sete Rios.

 

Pus-me a olhá-las, através da vidraça,

De vez em quando uma gota dormida

Dependurava e despenhava

E agora? É só aquele chão sujo, lá em baixo!!!

 

E são como certa gente

Que, subindo ao poleiro

Dorme, recalcitra e esquece de descer...

À hora do desmame é amparada

Lá em baixo, em colchão de espinho e prego.

 

Ao subires, até mesmo na política,

Repara o caminho subido se tem degraus,

Conta-os e marca e tenha cuidado com deslizes

Desce no começo da chuva

Ou pelo menos, antes que a cheia venha

Caso não queiras perecer nas enxurradas.

 

Ah Corona virus

Ah Corona!!!
Quando eu acordei, já em quarentena,
Urdindo entre doenças e mortes em cena:
Ansiedades e medos de arma química
Riscos de genocídio em mímica,
Então, arregalei os olhos tanto
Nada vi em redor, só espanto!
Toda a gente vivendo presa ou vai ser
Em caso de ordem desobedecer.
Ninguém conta que igual foi antes vivido
Agora, a primavera é só para o corona! Atrevido!!!
Corona, ah corona! Temido sem ser visto,
Onde escondeu seu antídoto previsto?
Rói como rato, chupa como carrapato,
Onde passa, devasta, desgasta e arrasa!!!
Ninguém pode com o desgraçado invisível ...
Ateu arrogante, ainda em exibição incorrigível,
Vaia Deus e o Grande Reino e, nada garante;
Incerta é vitória sobre um vírus tão minúsculo,
Roendo e furando sistema qualquer, sem músculo,
Usurpando poderes da ciência e da religião,
Sacudindo a humanidade e a economia.
Amalia Faustino
6 abril 2020
Patricio Gomes Furtado, Jose Maria Cardoso e 4 outras pessoas