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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

PAZ PAZ

 PAZ, PAZ

Para retirar o mel da flor
Abelha aferroa sem amor
Zunindo no favo sem dor

Pelas pétalas, folhas de cor
Aspergem gotas ao dispor
Zelando pela PAZ a repor.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

PAZ QUE O MUNDO PRECISA (acróstico)


 Parei diante de uma flor

Acenava para mim, feliz

Zurzindo de mim o bolor

Que carrego como verniz

Untado no fixo de mim, a cor

Entalado entre dor e amor

O estranho no conhecido

Mundo em cortes dividido

Universidade na falsidade

Nulidade da humanidade

Desforra, desamor, desumanidade.

Orquestra de mísseis na cidade

Pulular de rokets na imensidade

Reco-reco de artilharia na herdade;

É vida na virada do valor da idade

Canonizada na posterioridade

Içada pela flor, do fundo do mundo.

Soterrada no espírito  imundo

A PAZ bufada pelo AMOR moribundo.


Amalia Faustino

29 novembro 2023

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

TARRAFAL

 TARRAFAL

Aqui é manhã do fim de Outono
Um nevoeiro denso tapa-me o sol
Meu espírito vagueia por Tarrafal
Voando, nadando na piscina natural
Que a cidade ancora e visitante adora,
Percorrendo areia antes de ir embora.

Permanece no meu espírito a juventude
E o tempero docente dos vinte e tais anos,
Adoçantes alunos no meu leite da manhã,
Galinhas fritas grávidas e paridas
Nas mãos de Nha Lúcia, Nha Martina
E Pinton séria contadora de partidas.

Ah TARRAFAL!

Sob a guarda do Monte Graciosa
Vento ruim fragmenta-se sem tiros
As ondas mansas da praia rolam
Como focas a divertir turistas
Que se envolvem na simpatia
De bons citadinos e se contagiam.

Revivo na areia dourada a riqueza
Revejo na calçada negra a força
Deslizando-me dos olhos aos pés
E o mar adere aos meus sonhos
Abundando nele a fartura refeita
Da peixaria nutrida na natureza.

Tarrafal, sendo molde de gente boa
Acolhe e transforma em bom
Quem la for com espírito mau,
Espatifa o vento no Monte Graciosa
Espurga o mal em voo ou a nado
E pega sorte na bondade da natureza.

Amalia Faustino
16 nov 2023

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

DO SOL À VIDA

 

DO SOL À VIDA

 

Acordada por uma claridade
Enfiada pelo estore da porta
Parecia ver um feixe de prata!
E lá fora, o sol em solidariedade.

O dia separa-se da noite a passos,
Negando ser sedentário como ela
No persistente ócio, na invertida luz
Bronzeando ao colo da lua e da estrela.

A energia do sol, a alegria do dia
Tudo de graça à vida dada por igual!
É a Democracia do universo, cabal
Para viver o tempo no tempo na via!

É oportunidade de viver à altura,
Alimentando a saúde a andar, saltar,
Até a voar, conforme se atura...
Mexer, comer, beber sempre em bom ar!

A vinte pés de altura sempre a mexer,
A nuvem filtra a incandescência a descer
Levemente, deixa exibir a bola do bem
Amarela pálida ou rosa mansa, também.

E há contas a prestar à consciência:
Da vida oferecida e saúde a preservar
Dos 10 mil passos/dia pelo bem-estar
Dos sorrisos e risos tidos e provocados
Do valor do amor e males afastados
Dos remorsos do coração eliminados
Da mente do bem e sonho esperançado,

Da prevenção à saúde - objetivo alcançado!



20 outubro rosa.

MUNDO ENCARDE

 

MUNDO ENCARDE

 

Aqui nasce um bom dia

Perfumado de alegria.

Mas ali, outra má tarde

Sente a gente que arde!

 

Ali se vê mãe na via

Que abraça foto vazia.

Acolá, Palestiniano arde

De lés a lés, mundo encarde!!!

 

O rasto destrutivo, o vazio

O som e o cheiro a cio

De zagaia, no seu pico a fio

E terras, mares, ares, sem pio!

LIAM MARTINS

 






segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Cabo Verde ao Vento

 

CABO VERDE AO VENTO

 

Aqui e lá, vagueia meu pensamento

Como se estivesse em toda a parte:

Ora estou em Cabo Verde, ou aqui tento,

E nada prende meu espírito na sua arte.

 

Hoje, acordei aqui, sob sol cinzento

Desfiz as rugas da noite no momento

Alisei no país, o percurso para o dia

E pedi calma ao vento que assobia.

 

Penso em Cabo Verde, vento e poeira,

Solteiros inseparáveis

E durante sete dias contáveis

Percorrem o país, mar, cutelo, ladeira.

 

Fim de semana vagueiam pela cidade

Sol, suor empoeirado, sem novidade!

Olhos e nariz vedados à beleza

Da cor ao cheiro da natureza.

 

Tudo por culpa de algum vento,

Tudo e todos, de África entram

Tudo e todos da Europa entram

Tudo e todos de America no evento;

 

Da Asia tudo, até vírus em voo lento.

 

Cabo Verde acolhe tudo, calado,

Municípios aceitam de chave dado

Vento e poeira, norteiam o caminho

Cantando e dançando em redemoinho.

 

Patriados ou repatriados ficam.

Porta aberta, entrada e saída

Janelas com grade sem peneira

Entra o bem, certos males trancam.

 

Como se não fosse independente,

Cresce o império da pandemia,

Ao vento e à poeira precedente,

Roendo à vida a saúde que já bramia.

 

Amália Fautino Mendes        21 de Novembro de 2020

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

dores e amores

 

 

DORES E AMORES

 

Se hoje sofre dores

Entre odores e horrores

Recorda os cegos corredores

Outrora desfilando amores.

 

Se seu coração balança

Entre pular e serenar,

Reanime a esperança,

Transplante a temperança.

 

Repense a reestrutura d'aliança

Com quem ofereça a CONFIANÇA!

Quem em tudo vê dificuldades

Aparta estádios de felicidades!

 

Não pare, não há tempo a perder!!!

Ruiu a escada difícil de refazer?

Galga a subida até o cume,

E saiba se fumo é névoa ou lume!

 

Na cratera de vulcão a arrebentar

A melodia crepitante e sadista…

Silaba “não” e “sim” a assobiar,

Acendendo como feiticeira na pista!

 

Talvez! Entre sim e não! Confira!

 

Amália Faustino Mendes

 

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

aliança valorizada

 ALIANÇA VALORIZADA

Neste mundo em desumanização
Ser humano em desvalorização
Atos em desresponsabilização
A quem queira paz atormentam!
Porém, há homens humanizados
Que se ostentam valorizados
Só por conseguirem ser casados,
E estendem dedos de anéis abençoados
Sinalizados como seres reservados
Por atos ainda responsabilizados!
Mas há homens que só pensam
Ser um favor às mulheres com que casam
Até dizem que casamento dão
E, assumidamente, donos delas são!
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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

XANSI?

 

1 d Almada 
Conteúdo partilhado com: Público
Público
XANSI?!

Di sumola, pensa pozitivu!
Pensa na kel ki bu meresi
Ki ta rezulta di bo en ativu!
Luz prôpi, si pagadu, ta sendi!

Xansi ê baskudjadu pa sujetu!
Xansi ka ta dadu moda objetu
Xansi, si atxadu m'e kuza dadu
Kenha ki "dadu" ta invejadu!

Xansi - abertura pa entra?
Poi faru sen diskonsentra;
Si kel inveja ruin adentra
Xansi ê diprisan pa entra!

Inveja? Tudu mundu ta xinti
Si nu konxe'l, ka nu minti!!!
Nu fala ku el p'e kontrola
P'e sosega, p'e ka trubula.

Si inveja rivolta kontra susesu
Korasan na palku, bira posesu
Pulmons, dôs ladu na karrera,
Pamodi bonba di mal dja fera!

Amalia Faustino
21/09/2023

PILONKAN É RAIZ

 PILONKAN É RAIZ Pilonkan? Ami é Pilonkan sim

Pilonkan k'e nha orgúliu, Na nhas sonhus na sonu, Na nhas sonhus kordadu El k'ê terrenu fértil pa kalker simenti!
Simenti ki simiadu la, ta nasi,
Sikré transplantadu fora,
Ta kria sen striba txeu,
Ta produzi sikré ku stroba,
Ta madur berdi lakaká, purbadu ê doxi
Ta kumedu tudu kume ta ranoba,
Sima “entranhas” di Prometeu.
Pilonkan é más ki se tanbarinha.
Kuradu ku jardin ku losna
Raiz murgudjadu na fundu,
Ta bebi na lençol friátiku di mundu
Sima ê ta kortadu, asi ê ta rabenta,
Lonji ô pertu d’odju mau ku miada.

Pilonkan e mi y Mi ê Pilonkan,
Sem inveja pardu na nos spritu
Seja omi, mudjer, ô mininus,
Djobi, ozerba, xinti amor
Modi atxadu podi fladu
Suguru ku tortu, nguka na burru.

Amalia Faustino
22 di setenbru 2023

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

PA KONFORTA

 

 

Nha amiga konta-m di sel

N obi, n fla-l ma ka so di sel

K’e fronta – pa nu konforta

Ku valor di vida k’inporta

Pa gardise Deus óki nu korda.

 

Sta difisil sima subi séu

En korpu y alma, la di kavi;

Konplikadu sima réu

Na difendi krimi gravi

K’ê akuzadu, sen debi.

 

Bu tem ki distora d'argun modi

Pa bu bida ka konsumidu sarodi.

 - Sima djan-djan di kutelu,

Undi bu rabida, alá-l la

Ta po-bu tranku na kanela...


Ku pé di kabra, ô ku martelu;

Nôs bida dja  podu marka

Ki nen a “laser” ka fika perdedu

 Ala'l na fundu'l spritu skrebedu 

Ki nen na purgatóri ka ta laba...


Nôs alma? Dentu di otu fitxadu.

 

Nôs bida ku bitola di atrazu

Podi fika na medida kel marka!!!

Undi Nu bai, nen si fora'l prazu

Ta badu nen s’é denti d’arka

Ou na rudumunhu’l diabu razu.


Paz ku sosegu si nu ka ten tioxi,

Flisidadi go? nu ka ta sâbi modi k’é;

Amor go? Nu t’obi ta fladu algun maré;

Kar(r)inhu go? Di netus ki sta li oxi,

Ta ronka, ta da luz sima kar di pulísia.

curriculo resumido

 

Apresentação resumida

Amália Faustino - cabo-verdiana, foi professora e Inspetora de Educação em Cabo Verde.

Reside em Santa Marta de Corroios, Portugal.

Licenciada em Estudos Cabo-verdianos e Portugueses pela Universidade de Cabo Verde;

Licenciada em Educação - Recursos Humanos, Gestão da Formação pela Universidade do Minho-Portugal em 2001;

Mestre em Língua e Cultura Portuguesa - ensino do Português LE/L2 pela Universidade Clássica de Lisboa, em 2009.

Escreveu poemas e outros textos, publicou em revistas e espaços virtuais. Participou em algumas antologias. Recebeu um prémio de poesia NOSSIDE/2015 em Itália; obteve outros reconhecimentos em espaços virtuais. Começou a publicar livro em julho de 2023 pelo Rimando nas Estrofes da vida. Recebeu certificado de participação no debate sobre a Lusofonia e prémio da Rede sem Fronteiras  pelo Jubileu.

AMÁLIA Faustino Mendes

21 de setembro de 2023.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

DORES E AMORES

 

DORES E AMORES

 (a publicar na antologia APP/SET 2023)

Se hoje sofre dores

Entre odores e horrores

Recorda os cegos corredores

Outrora desfilando amores.

 

Se seu coração balança

Entre pular e serenar,

Reanime a esperança,

Transplante a temperança.

 

Repense a reestrutura d'aliança

Com quem ofereça a CONFIANÇA!

Quem em tudo vê dificuldades

Aparta estádios de felicidades!

 

Não pare, não há tempo a perder

Ruiu a escada difícil de refazer?

Galga a subida até o cume,

E saiba se fumo é névoa ou lume!

 

Na cratera de vulcão a arrebentar

A melodia crepitante e sadista...

Sílabas não e sim a assobiar,

Acendendo como feiticeira na vista!


Talvez! Entre sim e não! Confira.

 

Amália Faustino Mendes

sábado, 26 de agosto de 2023

PA KONFORTA

 

PA KONFORTA

 

Nha amiga konta-m di sel

N obi, n fla-l ma ka so di sel

K’e fronta – pa nu konforta

Ku valor di vida k’inporta

Pa gardise Deus óki nu korda.

 

Sta difisil sima subi séu

En korpu y alma, la di kavi;

Konplikadu sima réu

Na difendi krimi gravi

K’ê akuzadu, sen debi.

 

Bu tem ki distora di tudu modi

Sima djan-djan di kutelu;

Undi bu rabida alá-l la

Ta po-bu tranku na kanela

Ku pé di kabra, ô ku martelu;

 

Nôs bida dja  podu marka

Ki nen a “laser” ka ta perdi

Dja sta skrebedu mal na spritu

Ki nen na purgatóri ka ta laba

Nôs alma? Dentu di otu fitxadu.

 

Nôs bida ku bitola di atrazu

Podi fika na medida kel marka!!!

Undi Nu bai, mesmu sem azu

Ta badu nen s’é denti d’arka

Ou na rudumunhu’l moska razu.

 

Paz ku sosegu si nu ka ten tioxi

Flisidadi go? nu ka ta sâbi modi k’é;

Amor go? T’obi ta fladu algun maré

Carrinhu go? Di netus ki sta li oxi,

Ta ronka, ta da luz sima di pulísia.

 

Lisboa, 25 de Agosto 2023

 

 

 

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

AMALIA FAUSTINO

 Amalia Faustino

A confiança é construída como edificio
Mais depressa ou devagar, p'ra formar
Amizade verdadeira, alicerçada sem vicio,
Leve como Espírito, a andar ou a voar
Inclina, endireita, antes de aterrar ou decolar!!! 
AMOR e PAZ de DEUS em corações de ofício!
Fé e caridade, bondade na humanidade
Amor de DEUS garantido, tudo acontece
Última a morrer é a esperança na idade
Sossego de espírito, corpo floresce
Trazendo no interior grande capacidade
Ignorando provocações, a tolerância cresce
Na pessoa, comunidade e toda sociedade
O mundo de paz desejado será realidade.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

LOURDES

 LOURDES

Lurdes, Deus deu-me-te em Lisboa;
Onde não pude encontrar outra igual:
Uma mulher janota, gentil e boa
Realeza de amizade, com carinho casual
Doma qualquer bravura na pessoa
Excêntrica, sem reboliço trivial
Sempre a ajudar andar quem não voa!

sexta-feira, 28 de julho de 2023

o silêncio da verdade e LADO A LADO

 

O SILÊNCIO DA VERDADE

 

Há silêncio abafante da verdade

Exibindo mentira com estonteante vaidade,

Em gritos antagónicos de veleidade,

Fundindo desumanidade em crueldade.

 

Há silêncio oculto na necessidade

Atormentando a voz da finalidade

E operações de especialidade

Volatilizam a PAZ com atrocidade.

 

E o silêncio total da humildade

Exalta insignificância da humanidade

Onde gritos de paz roncam banalidade,

Ignorando sonoros sirenes na comunidade.

 

LADO A LADO

 

Como podemos caminhar lado a lado

Se teus passos longos são rápidos

Teus palmos extensos são ávidos

Teus dedos ágeis são tão versáteis

Que arrebatam ideias mais voláteis?!!!

 

Como posso caminhar a seu lado,

Se eu engulo em seco o vazio mascado

Ouvindo meus dentes a ranger, desafinado

Por frio ou por medo do nada alcançado

Na vida ao calor do sol, ardendo de afronta?

 

Eu não desisto disto, invisto daqui de frente

Sabe-se disto: Estás em tudo à minha frente

E à distância, encontras progresso fácil e potente,

Que mesmo o teu sol no poente é imponente

E eu espalho escuro doirado, incandescente.

 

Amália Faustino Mendes