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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

De amor podes falar

 

De amor comigo podes falar

Fala de amor e faz ódio amainar,

Adoçando-o na língua, diluindo

Como açúcar em água, esvaindo.

 

Por baixo, forma um fofo favo

E a abelha encolhe o ferrão,

Deixa sorver todo o mel mascavo

De mansinho e sem safanão!

 

E escapa estalido   - tlaaa, bão!

Certos fôlegos ativam[t1]  o coração

Inspirando bondade com suavidade

Expelindo ruindades com bestialidade.

 

Vejo uma alma libertina no plantão,

Conselhos estufados em orelha mouca

Rodeada de anjos a sobrevoar, então,

Ignora o barulho de ventoinha rouca

 

A arrebentar pipocas numa relação

Com o barulho da ventoinha rouca.

Chovem palmas em orelha mouca

Até que furou o fogo do vulcão.

 

Queimando o ódio e o sofrimento

Só o amor com qualquer sustento;

Ignora o pódio do adversário, melhor,

Quanto longe se liberta p’ra o exterior.


 [t1]ola

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