Se é bom, não finja
Qualquer indivíduo é bom por natureza,
Mas a maldade pode destronar a bondade,
À medida que é invadida pela impureza
Da competição pela vida na imoralidade.
A impureza da competição pela vida imoral
Possui, na inserção, uma força descomunal
Para infetar, contagiar, disseminar a dominar
Os arautos da libertinagem, sem os iluminar.
Quem é bom por natureza, não deve coibir
Seu lado bom, mas deixar-se ver e exibir
A moralidade de sua alma, e o mal a eximir,
Mesmo em caso de necessidade de reprimir.
Quem repele o bem e atrai o mal, às vezes,
Numa subtil omissão ou ostentação de poses,
Distrai-se ante tais subtilezas de omissão,
Ocultando o bem no mal, em subtil missão.
A razão absorvedora pode-lhe fazer refém
Da ignorância de sentir todo o mal por bem,
E ainda adoptar atitudes de arrogância
De contornos perspicazes de ganância.
O interesse pelo benefício ao próximo
É essencial à felicidade da alma que cura,
Aspergindo sucessos de acção, ao máximo,
Gozando o triunfo onde o mal não se atura.
Ser bom torna feliz quem o for, sem remorso,
Ser bom é inerente ao detentor, sem postiço;
Sendo melhor ser bom do que mau, seja bom
Sem fingir e deixa-se sê-lo, conforme seu dom.
Amália Faustino, 4 de Janeiro de 2012
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