Vi em cada ninho uma garrafa
Vinho regando cada cabeça esmagada,
Cada copo remando cada pegada
Apagada em cada passo de girafa.
Nadando em braçadas de burburinho
Segue, fugindo das bocas do mundo
O sonâmbulo murmurando moribundo,
Resmungando lá nos horizontes do sonho.
Não estou a fingir que é para lá que vou!
Eu quero ir-me embora donde estou
Dando a meus pés inchados seu vinho de 40,
Ressacas de cabeça com a cor que aparenta!
Quem disser que já não tenho idade pra isto
Desconhece que eu faço isto por ser misto
Homem pinho no vinho, perna de arame,
Que verga, dobra e lança sem derrame.
Sem comentários:
Enviar um comentário