O SILÊNCIO DA VERDADE
Há silêncio abafante da verdade
Exibindo mentira com estonteante vaidade,
Em gritos antagónicos de veleidade,
Fundindo desumanidade em crueldade.
Há silêncio oculto na necessidade
Atormentando a voz da finalidade
E operações de especialidade
Volatilizam a PAZ com atrocidade.
E o silêncio total da humildade
Exalta insignificância da humanidade
Onde gritos de paz roncam banalidade,
Ignorando sonoros sirenes na comunidade.
LADO
A LADO
Como podemos
caminhar lado a lado
Se teus passos
longos são rápidos
Teus palmos extensos
são ávidos
Teus dedos ágeis são
tão versáteis
Que arrebatam ideias
mais voláteis?!!!
Como posso caminhar
a seu lado,
Se eu engulo em seco
o vazio mascado
Ouvindo meus dentes
a ranger, desafinado
Por frio ou por medo
do nada alcançado
Na vida ao calor do
sol, ardendo de afronta?
Eu não desisto
disto, invisto daqui de frente
Sabe-se disto: Estás
em tudo à minha frente
E à distância, encontras
progresso fácil e potente,
Que mesmo o teu sol
no poente é imponente
E eu espalho escuro
doirado, incandescente.
Amália Faustino
Mendes
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