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sexta-feira, 28 de julho de 2023

o silêncio da verdade e LADO A LADO

 

O SILÊNCIO DA VERDADE

 

Há silêncio abafante da verdade

Exibindo mentira com estonteante vaidade,

Em gritos antagónicos de veleidade,

Fundindo desumanidade em crueldade.

 

Há silêncio oculto na necessidade

Atormentando a voz da finalidade

E operações de especialidade

Volatilizam a PAZ com atrocidade.

 

E o silêncio total da humildade

Exalta insignificância da humanidade

Onde gritos de paz roncam banalidade,

Ignorando sonoros sirenes na comunidade.

 

LADO A LADO

 

Como podemos caminhar lado a lado

Se teus passos longos são rápidos

Teus palmos extensos são ávidos

Teus dedos ágeis são tão versáteis

Que arrebatam ideias mais voláteis?!!!

 

Como posso caminhar a seu lado,

Se eu engulo em seco o vazio mascado

Ouvindo meus dentes a ranger, desafinado

Por frio ou por medo do nada alcançado

Na vida ao calor do sol, ardendo de afronta?

 

Eu não desisto disto, invisto daqui de frente

Sabe-se disto: Estás em tudo à minha frente

E à distância, encontras progresso fácil e potente,

Que mesmo o teu sol no poente é imponente

E eu espalho escuro doirado, incandescente.

 

Amália Faustino Mendes

 

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