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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Deixa-me amar-te

Sinto que te amo e tu a mim,
Mas tento conter em mim
A atracão física que não quero
Que notes, que afinal é vero!

E o meu coração te persegue
O teu a mim e ao meu consegue,
Numa reivindicação mórbida visível,
Penetrar no meu recôndito indelével.

Ah! Não consegui agora escamotear!
Estou  sendo apanhado em flagrante,
Pelo teu coração apaixonado a tactear
Com a língua de fogo, já penetrante!

Culpado sou eu e o crime foi ocultar
O amor proibido que ainda sinto por ti,
Pois, em pesada carga eléctrica, parti
Para cima do teu coração a crepitar.

Por isso algema-me no teu tronco
Depois de eu marinar no chá de tartaruga
Até me encharcar e enervar como louco,
Numa paixão intranquila, exausta de fuga.



Amália Faustino Mendes Dezembro 1 de 2011

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