Nada contra você
Não tenho nada contra você
Nem nunca estive contra você
E não sou mesmo contra você,
Porque não vivo contra você.
Sei que algum mal está com você
O mal que entrou na mente de você
Um mal que alojou dentro de você,
Esquivando-se no labirinto de você…
Esse mal insiste em afundar você
Num desfiladeiro que absorve você
E o coloca contra todos e contra você,
Endurecendo-o a uma pedra-você.
Quando eu tento fazer-lhe ver esse você
Em que você virou, eu sou picareta em você
Invisível mas sentida como marteladas em você
Mas anestesia-te, persistindo manter VOCÊ.
Apesar de duro, eu não desisto de tentar você
Fazer um profundo exame de consciência
Para reconhecer o mal artificial em você
Desista dessa essência se você tem ciência.
Amália Faustino Mendes, 31 de Dezembro de 2015
Sem comentários:
Enviar um comentário