Poetica lirica
Um louco assumido exibe o amor sentido
Um lírico assumido idealiza o amor preferido
Com uma ciranda de palavras para deleitar,
Alguém avulso ou visado para acalentar,
O poeta é um rolo de parábolas a dirigir
Investe bom e melhor em fingir
Coloca o afeto num labirinto a rondar
Com trombas de esperanças a driblar
E bafos de amor rodeando a boca ao fugir.
Acenos de amor pardo a simular
Para uma estrela a cintilar,
Bolas de nuvem interpolar
Sombram perversa o coração a cochilar
Não seja burlão nem alguém de aurículas
E ventrículos impregnados de partículas
De males enferrujados por dióxidos de ódio
E sentimentos azotados em rachas de pódio
Prefira ser um pateta lírico e romântico
Que preenche alguns vazios da vida;
Porque estatuto artificial encarcera e azeda
O humor e o amor deluídos no Atlântico.
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