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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

poética lírica fingida

 

Poetica lirica

Um louco assumido exibe o amor sentido

Um lírico assumido idealiza o amor preferido

Com uma ciranda de palavras para deleitar,

Alguém avulso ou visado para acalentar,

 

O poeta é um rolo de parábolas a dirigir

Investe bom e melhor em fingir

Coloca o afeto num labirinto a rondar

Com trombas de esperanças a driblar

E bafos de amor rodeando a boca ao fugir.

 

Acenos de amor pardo a simular

Para uma estrela a cintilar,

Bolas de nuvem interpolar

Sombram perversa o coração a cochilar

 

 

Não seja burlão nem alguém de aurículas

E ventrículos impregnados de partículas

De males enferrujados por dióxidos de ódio 

E sentimentos azotados em rachas de pódio

 

Prefira ser um pateta lírico e romântico

Que preenche alguns vazios da vida;

Porque estatuto artificial encarcera e azeda

O humor e o amor deluídos no Atlântico.

 

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