APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE AMÁLIA FAUSTINO MENDES Rimando nas Estrofes da Vida Boa tarde! Começo por cumprimentar o Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, Dr. , a Autora, Amália Faustino Mendes, muito querida Associada da APP, que se tem destacado e granjeando a admiração e o respeito de todos, afirmando-se a cada dia que passa, pela afabilidade, humildade e qualidade da sua poesia. Fiquei Feliz quando soube que rapidamente esgotou a 1ª Edição, cujo lançamento fez na Sede da Associação Portuguesa de Poetas, o que não admira, pelos atributos que referi da sua obra poética. Agora numa feição ainda mais aprimorada, em que uma vez mais me convidou para apresenta-la, o que faço com enorme prazer. Cumprimento os demais membros da mesa. - a prefaciadora da obra literária, poetisa Maria da Graça Melo. - a Drª Fernanda Marques (ex-Ministra da Educação de Cabo Verde) - ao poeta Joel Lira, uma referência da Poesia Portuguesa. Exmos. Convidados da Autora aqui presentes A apresentação de um livro é sempre um momento marcante, na vida literária e pessoal do Autor, dos Familiares e Amigos, que aqui se encontram para dar testemunho de mais um marco literário colocado pela Poetisa Amália Faustino. Eu atrever-me-ia a dizer que a afirmação literária, já começa a acontecer. Os leitores o dirão, e nós aqui estamos com a nossa Amália Faustino, apoiando-a nesta sua caminhada de conquistas e sucessos que lhe desejamos e acompanhamos de perto. Que privilégio! Falando agora na obra literária, começo desde logo por apreciar a capa, com a fotografia da Autora, nesta edição a cores, ressaltando a expressão do olhar atento à Sociedade, de uma poetisa de grande sensibilidade, que reporta na sua poesia, de modo acutilante, a intervenção nos pontos essenciais, de reprovação e da chamada de atenção para a necessidade de correção daquilo que está mal e que não é concebível acontecer em Portugal e no mundo, no Século XXI! Ainda na capa ressalta a excelência da escolha do título, “Rimando nas Estrofes da Vida”, com sonância própria e o destaque dado ao percurso de vida, aguçando o apetite da leitura do livro ora apresentado. Nascida em São Miguel (Cabo Verde), das notas biográficas ressalta o enorme esforço no percurso formativo, acompanhado por aquilo que começou em 1971 com o que chamou de “brincadeiras poéticas”, que crescendo e tomando corpo, permitiu que progressivamente participasse em espaços de poesia e ganhasse o prémio de Poesia Nosside 2015 em Itália. A sua determinação é bem patente, logo no seu primeiro poema. Sabia que um dia se afirmaria como poetisa, pois que a poesia já nascera consigo. A generosidade e o amor e também o respeito pelo próximo, são uma constante na sua linha poética. Sensível à injustiça e discriminação, são factos relatados que transbordam da sua escrita e transparecem na sua declamação, que cativam pela sua sensibilidade que aglutina à sua volta, muitos Amigos, que hoje aqui estão presentes. Mulher sonhadora, que procura dar asas ao seu sonho, como bem afirma no poema “Tio Bento”- pág. 13; que passou da insularidade marcante da terra natal , Cabo Verde, à vivência em Portugal, com o referido propósito. O Olhar atento ao que vai pelo Mundo é expresso em Arlete (pág. 14). Teve durante a sua vida referências poéticas, a que como pessoa de carácter, cita em jeito de agradecimento, a Sílvia Mota (pág. 15). Reconhece o valor da verdadeira Amizade, que deixa patente no poema “Amizade, na pág. 89, e não esquece os Amigos a quem dedica alguns dos seus poemas, tais como a Albertino Galvão (pág.16), entre outros. A autenticidade é uma das suas batalhas, não contemporizando com falsidades (Ex: Amor fingido, pág. 17). Mais adiante, na pág. 62 em “Ser bom sem fingir”. Os seus poemas nas páginas 18, 19, e 20 (Sebastião), são um verdadeiro Cântico ao Amor e à Paixão. O sublimar do sofrimento através da poesia, transparece no poema “Dor e Saudade”, na página 21. A esperança impulsionada num “Bom Dia”- pág. 53, em cada novo dia que acontece, foi uma outra feliz inclusão poética, que oferece ao leitor da presente edição. O Cântico a sua mãe Ermelinda é uma homenagem sentida e prestada pela sua única filha, enfatizando, como ela própria diz, as recordações infantis inesquecíveis (Págs. 22 e 23). A saudade das ilhas que deixou e as recordações que consigo levou (em “Saudades de todos”- pág. 24). E mais adiante, quando em Portugal a saudade de Cabo Verde “aperta” apresentado no poema Saudade (Soidade, como lhe chama em português crioulo, enriquecendo e transformando a língua portuguesa, dando assim o seu contributo para a difusão desse património da Lusofonia). O orgulho na sua Pátria, Cabo-Verde, é notório no poema “em Crioulo”, pág.65, excelente inclusão nesta edição. O Amor, o Desamor e a Salvação, são temas magnificamente abordados nos poemas que podem ler nas páginas 25 e 26. Momentos vividos e registados, da Páscoa, Aniversário, Dia da Mulher, dia Mundial do Ambiente, são expressos nos poemas das páginas 27 a 30. Mais adiante na pág. 42, apresenta-nos um lindo poema sobre o dia da criança, em que reflete a criança que existe em si. O Mundo e o Tempo em seu redor são objeto de reflexão traduzida na sua escrita de exceção (págs. 31 a 38), após o que se interroga sobre o caminho a seguir, e a sua capacidade para alcançar a desejada Felicidade, desiderato que qualquer ser humano procura atingir. Num momento de melancolia, interroga-se sobre o seu destino, na pág. 41. e recorda o “Mar da Cidade Velha”, na pág. 43. Cabo Verde é lembrado a todo o momento nos seus poemas, como: “Primavera” (pág. 71), a “Chuva de Agosto”, pág74; “Vulcão – Cabo Verde”, pág. 76; “Choveu”, pág. 98; “Chuva de Novembro”, pág. 105, e “A chuva de 18 de Dezembro”, pág113, deixando clara a influência, necessidade e dependência climática e concretamente, das chuvas, em Cabo Verde. Prezando muito a Amizade, é muito cautelosa nas escolhas e na procura de relações seguras e verdadeiras, construídas sem pressa e bem alicerçadas, como denotam os poemas: “Amor Azul”, “Sempre te quis”, “Amar à moda de 2012”, “Deixa-me amar-te” e “O Homem distingue-se dos animais” (págs. 46 a 50). Reflete e defende no poema “O Professor e a Paz Social”, que atrevome a dizer ser um dos seus poemas prediletos, adaptado e musicado, a importância do professor na determinação do rumo que queremos dar ao mundo vindouro. Pág. 44. A paz no mundo é uma preocupação manifestada pela autora e transparece também no repto lançado ao “Poetas del mundo constroem a paz”, pág. 94. Mulher determinada, que desde sempre soube o que queria e que para o obter percorreu um caminho duro, de “Dias sem noites”- pág. 108, até conseguir o seu propósito. Um exemplo a seguir, eu diria! Mais um poema incluído e que valoriza esta nova edição. O orgulho de mulher Cabo-verdiana, livre, que não esquece as suas raízes (muito claro no poema “Venero-te Cabo Verde”, pág. 60; e que tem um sonho que prossegue em sucessivas concretizações, de que o lançamento deste livro, aqui, constitui mais um importante marco, está claro no Poema “Passarinha das novas”, pág. 54 ; “Mãe negra”, pág. 52; “Andante voante”, “Vigor de um sonho”, “Sonhando saudades”, “Uma carta de alforria”, págs. 56 a 59. A luta pela igualdade de direitos e oportunidades de género, são também expressos no poema “Mulher e Fêmea”, pág. 55. Não ser indiferente ao meio circundante, é uma atitude da Autora, como se pode ver no poema com este título, apresentado na pág. 63; a escolha entre o bem e o mal e o propósito de ser boa pessoa, são desideratos apresentados de maneira inequívoca em “Ser bom sem fingir”, pág.62 e “O mal em triunfo”, pág.71. A Amália Faustino é uma mulher poetiza, com “Verdade nos olhos”, pág. 68, “Uma mulher de palavra” , pág. 100 e finalmente “Uma mulher com mérito e sorte”! Uma vencedora! Rimando com as Estrofes da Vida, levará certamente os leitores a uma viagem pelas encruzilhadas da vida de uma mulher lutadora, como a nossa Autora, Amália Faustino. Parabéns a Amália Faustino, pela Obra que hoje nos apresenta! Corroios, Sede da Associação Cultural da Junta de Freguesia de Corroios, 24 de Fevereiro de 2024. O Apresentador e Presidente da Associação Portuguesa de Poetas, Professor Doutor Ivo Álvares Furtado
Pesquisar neste blogue
quinta-feira, 24 de outubro de 2024
NEGA TUDO
Nega
Nega aqui e em toda a parte
Nega tudo diante de todos
Nega tudo, ostenta a sua arte
De mentir, desviando engodos
Para os protetores pilantras
Conteúdo que tanto mente
Parece ser semente no lodo
Nega sentir massa nos miolos
Nega que sente voar sua mente
mente
Nega que me obriga a negar
Nega que força a negar
Nega deve algo a alguém
Nega que existo
DESISTO
Aproxima nada ao pedroso
Enfia num pântano
absorvente
Junta gritos ao eco dengoso
Corta asas à força corrente.
Oh gente! Como se faz saída? Aproxima tudo e nada ao tolo?
Força contrários a recaida ?
Fracassa, falha a birra de todo!
Se nada resta de indulgência
Àquela inteligência emocional
Emoções ausentes
Pensamentos primitivos
Obsessões sórdidas
Povoam tuas mentes
Aglomeração de Viventes piscam vidas mórbidas
Fim do nada sem princípio
Acredito no FB
Acredite no que o fb dissertou:
- Sou a minha melhor versão
De mim que o esforço forjou
Na replica dos danos ao coração.
Tal como flor desfeita num jardim
Desnorte driblante da bola de berlim
Por ingratidão e desespero, intervim
Sem ganhos, nem nada de vulto assim.
E agora? Ilitrado no amor
Jardim ressequido de cor
Que a ingratidão replicou
Só valor reconhecido olvidou.
Se quiser, acredite
Acredite que o fb acertou :
- Sou a minha melhor versão,
A versão que o esforço forjou
A replicar só danos ao coração.
E agora? Iliteracia no amor
Dum jardim ressequido de cor
Que a ingratidão replicou
Reconhecer valor que validou
Tal como flor desfeita num jardim
Desnorte em dribles da bola de berlim
Na ingratidão e desespero, intervim
Sem ganhos, nem nada de vulto assim.
Meu valor de inerte aos olhos foscos
Não me desesperam - no fim do jardim;
A melhor flor exibe-se no meio do capim
É desvalorizada por ser cardo santo!
sou de S. miguel Arcanjo
Sou de S. Miguel
Sou de S.
Miguel e ele está mim
Meu umbigo, em
Pilão-Cão, em pó
Infiltrado
espalha a urbe do meu ser
Galopando a
cavalo do meu espírito
Unguento de PAZ
e oliveira na mão
Ergue voos,
aplana sobre a ilha e poisa
Lembrado do
exato sítio original.
Arcanjo Miguel,
mantenha-me na memória
Retenho-vos tim
por tim tim na memória
Como se fosse
atual a minha infância
Arquejada de
esperança de mudança
Nutrida na fé,
vestida de foco e aliança
Junto a outros
para progredir todos!
Ordem é
progresso se houver vontade!
apresentação do meu livro DMed
Apresentação de Daniel Medina
Antes de mais, permitam-me augurar à Amália
Faustino Mendes todo o sucesso que este livro merece. Permitam-me aproveitar
este ensejo para estender esses votos a todos os presentes que se deslocaram a
esta magnífica sala para assistirem à apresentação dos escritos de uma pessoa
amiga.
Por outro lado, gostaria de vos dizer que recebi
este convite para ser um dos apresentadores do livro, com muita satisfação e
alegria. No entanto, tive de me ausentar do país, por motivos imprevistos,
porém o meu espírito solidário encontra-se nesta sala, torcendo para que tudo
dê certo.
Aos colegas da apresentação, os votos sinceros de
uma excelente comunicação, pois, sei que já estão habituados a estas andanças.
Minhas senhoras, meus senhores, ilustres
convidados:
A poesia,
ou género lírico,
ou lírica é uma das sete
artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com
fins estéticos, ou seja, ela retrata algo em que tudo pode acontecer dependendo
da imaginação do autor como a do leitor porquanto "O sentimento é a poesia da
imaginação." (Alphonse de Lamartine) "A poesia imortaliza tudo o
que há de melhor e de mais belo no mundo." (Mary Shelley)
E é isso que, se me
permitirem, iremos versar durante alguns minutos.
Rimando nas Estrofes da Vida
dá nome a este livro de poemas de Amália Faustino Mendes.
Trata-se de uma espécie de
resumo da trajetória de várias vidas em que se delineiam e se cruzam histórias
(de outras vidas não contadas), porque não são “factos” de facto, mas sim pura
poesia, que poderemos tocar, folhear, sentir, deliciar-nos, sorver de um só
fôlego, interiorizarmo-nos nela.
Como escreveu certa vez o
filósofo Aristóteles: "A poesia é mais fina e mais filosófica do que a
história; porque a poesia expressa o universo, e a história somente o
detalhe".
No entanto, este livro está
cheio de histórias bem rimadas.
Amália Faustino nessa sua aventura logrou o
desiderato de escrever com pungente universalidade. Alguns dirão que é sorte. Eu
retorquirei com uma dupla redundância: maturada maturação enlevada pela
experiência da idade.
Aliás, estamos certos de que o que de melhor existe
nos poetas de todos os países não é o nacionalismo e sim o universalismo.
E na lonjura em que se permitiu, ou lhe foi
permitido, Amália Faustino melodiou, desfiando ecos dos seus escritos no
coração dos homens e mulheres que a haverão de ler, porque parafraseando Carmen
Conde "A poesia é o sentimento que
sobra ao coração e sai pela mão." Neste caso, sai pelos poros e
vértebras, pelos olhos da alma, pelo todo que o germinou, transpirou, gerou e
produziu em termos de fusão artística. Eu diria que os poemas lhe saíram do
coração.
As cerca de 110 páginas Rimando nas Estrofes da
Vida, Amália Faustino para além de rimar, rema em várias águas e ondas desta
vida. E “estrofou-me” de forma benfazeja ao ler as badanas ou orelhas deste
livro ao dedicar dois poemas: um à mãe e outro ao pai. Para mim este
reconhecimento rima com o conhecimento e a verdadeira sabedoria da vida. É que
habitualmente direcionamos ou dedicamos os nossos poemas aos amores externos,
aos amigos, aos conhecidos, às situações, enfim. Orientar os nossos cândidos
sentimentos aos nossos progenitores, àqueles que deram a sua juventude e, que,
por vezes, abdicaram de uma vida melhor, para nos concederem uma existência
mais bonita, ou seja, aquela que eles sonharam, mas tiveram o condão de
transferir para nós. Quase todos fazem isso, no entanto, poucos a retratam de
uma forma tão bela num poema.
Amália Faustino, num gesto próprio de seres plenos
de benevolência, reparte igualmente os seus poemas, pelas datas, pelos
sentimentos, pelas questões sociais, pelas pessoas por quem nutre alguma
admiração ou carinho. Este princípio de doar ou de partilhar é simplesmente
belo e encantador. E por
falar em partilha é de bom tom relevar que aquele que recebeu o dom da
comunicação – notoriamente o seu caso - que consegue escrever o que lhe vai na alma,
tem quase que a obrigação de dividir o seu talento, seja poeta ou prosador,
pois, é algo impossível de se segurar no interior.
Minhas senhoras e meus
senhores,
Falar de poesia num tempo tão sem poesia é, deveras, quase que dizer
disparates com letras maiúsculas. Tornou-se normal passar na Internet, pelos
e-mails dos nossos conhecidos e amigos, de todo o género de maldades, de todo o
tipo de perversões e de maldizeres culturais e sociais. O contrário não se
sente, ou seja: enviar poemas de paz, amor, e harmonia, ou mesmo falar de
sentimentos parece ser demodé e ridículo. No entanto, apesar de tanta
insensibilidade, tanta mediocridade, tanta barbárie, insiste-se no sentimento
do ser humano na forma como realmente ele deve ser: humano. E a nossa
Amália, tem estes atributos de sobra, o de uma profunda humanidade. Porque
"A poesia é um espelho que
torna bonito aquilo que é distorcido nas nossas almas." (Percy Bysshe Shelley).
Realmente, o poeta fala com a alma. Aliás, todos nós somos poetas. Simplesmente
alguns conseguem exprimir aquilo que sentem, conseguem transpor para o papel
aquilo que têm no seu âmago. Muitos, contudo, por timidez, não se descobrem. A respeito
destes, o francês L'Inconnu, deixou uma bela mensagem que diz: "O poeta
poetiza a vida pela sua sensibilidade e amor e tem o dom de transmitir belezas
espirituais que o elevam ainda mais."
Todas as pessoas têm um poeta dentro de si
(principalmente as mães dos poetas, já tiveram...), o que falta muitas vezes, é
a fonte inspiratória... Algo que provoque a abertura da sua torneira poetal
para que consiga falar sobre isso. "Todo homem é poeta quando
está apaixonado." (Platão)
É
preciso falar de poesia, para si mesmo, e/ou em frente ao espelho. Em voz alta,
transformando as palavras em verdadeiros ritos encantatórios, que na verdade
são, restituindo-lhes o poder de interferir positivamente na harmonia do mundo
que nos cerca. E Amália Faustino faz isso com sobriedade.
Entretanto,
a poesia necessita da nossa ousadia, de saber-se mais humano que nunca e correr
o risco do olhar de estranheza dos seres à sua volta. Não se trata de utopia
romântica. "Poesia é quando uma emoção
encontra o seu pensamento e o pensamento encontra as palavras."
(Robert Frost)
Ilustres convidados,
A Poesia, segundo o modo de dizer comum, quer dizer
duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a
poesia, a obra o poema, o poeta o artífice. Ora,
a poesia compreende aspetos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da
possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o
terreno que compete verdadeiramente ao poeta, pois "Poesia são pensamentos que
respiram, e palavras que queimam." (Thomas Gray)
Ao lermos Rimando nas Estrofes da Vida, deparamo-nos
com uma conjugação de fatores sui generis pronunciados e emprenhados de uma
leveza e pureza numa escrita cheia de mil encantos.
Aliás os poetas têm esse condão. O de transmitir os
encantos que os outros não veem ou não sentem, pois “O esplendor da relva só pode
mesmo ser percebido pelo poeta. Os outros pisam-na”.
Este livro é um retrato rimado de exemplos de muitas vidas. As estrofes
são criações de quem decidiu abrir o seu coração para nos mostrar o que mais
belo carregava no espelho da sua experiência de vida, pois, que «A poesia não é
nada senão tempo, ritmo perpetuamente criador.» (Octavio Paz).
Termino com duas pequenas
mensagens: a primeira, é a de sucessos e de muita alegria à Amália Faustino. A
segunda é a de que gostem das apresentações e que isso vos leve a comprar os
livros.
Um bem-haja a todos que se
dignaram vir aplaudir a Amália, com o seu livro Rimando nas Estrofes da Vida.
apresentação AB
APRESENTAÇÃO
DO LIVRO DE ADELINO MONTEIRO AFONSO BARROS, autor da obra
UNIVERSO ÍNTIMO - GUERRA EM MIM
Cumprimento a todos os presentes, desde os convidados
mais próximos de mim - particularmente a Vice-presidente da Associação Cabo
Verdiana – Dra. Dulcineia Sousa que adorei conhecer neste espaço engrandecedor
e de referência para os Cabo-verdianos. Reafirmo que desejo mantê-la nas minhas
relações funcionais e amistosas.
Saúdo os ilustres apresentadores que assim se tornaram
pelo conhecimento e experiência acumulada. Aceitei vir juntar-me a vós por
admitir que me permitem, a mim e todos que desejam, colher sabedoria, alegria
que trazem para partilhar com cada um de nós.
Felicito, parabenizo O ESTIMADO e simpático autor
Adelino Barros, que me trouxe para aqui convidada e vim com muita emoção
participar deste meio académico, familiar e afetuoso. Os meus votos de muito
sucesso pela produção da tua segunda obra literária - UNIVERSO ÍNTIMO – GUERRA
EM MIM.
Para mim, este teu livro é injeção de coragem para
exploração e apreensão de lições de vida.
Minhas saudações a todos os presentes na assembleia.
Sintam o meu abraço de amizade e aceitem este apelo: Sigam a apresentação com
livro na mão.
O livro UNIVERSO ÍNTIMO – GUERRA EM MIM
tem 78 páginas, bem ocupadas pela mancha gráfica é conteúdo para mais. Sem
gravuras nem fotografias visíveis, mas trazidas pela mente para a realidade, pelo
exercício da leitura e interpretação, o livro é todo ele imagens complexas a
urdir continuamente.
É um livro
leve pelo seu peso físico, para poder ser transportado facilmente ser lido em
qualquer sítio, por qualquer pessoa, por si ou por interposta pessoa.
É suave e desprendido da pressão
de artificialismos e formalismos poéticos como versos e estrofes regulares,
livre de amarras rimáticas, ou métricas, o que
torna leve a preocupação com a forma.
A escrita fluiu na tela como
pintura com pontos de leitura realçados para apreensão das mensagens que
veicula.
Os versos são linhas desentortadas,
com curvas em espiral ascendente e descendente, em simultâneo, desordenadas,
caóticas e consertáveis. O sujeito principal é o ser humano como ser da
humanidade. Umas vezes a imperar sobre outros humanos, como não humanos e até se
mostrarem desumanos, chegando a ser antítese da própria VIDA.
Entretanto os leitores têm
que o adquirir e o ler a pensar com o autor, promover a leitura e literacia da
poesia que nasce e cresce em cada um de nós e nos outros, ao conquistar outros
apreciadores de livros,
Quem levar o livro UNIVERSO
ÍNTIMO - GUERRA EM MIM para o ler e apreciar já me deixa contente.
E se deixar algum dinheiro
que é cobrado na aquisição ajuda o autor nas despesas da confeção do livro e permite-lhe
realizar obras de solidariedade que promove.
Como podemos ser felizes. Se não aprendermos a
enfrentar a negatividade e todas as coisas más que nos acontecem?
Os tormentos do ser humano
Não há receitas milagrosas que curam os infelizes que
acreditam apenas na infelicidade e veem sua vida como permanente inferno!!!
Às tantas da
vida há que saber retomar a estrada da felicidade (SATISFAÇÃO DURÁVEL não
apenas ausência de sofrimento)!
O livro provoca o leitor e leva-o a refletir sobre a
sua constituição, a valorizar a sua existência, consciente para conduzir sua
vida mais serena e mais tranquila e negar que ela se transforme no fogo do
inferno desgastante, assim considerado pelo EGO. Toda gente não vê igual o óbvio
(o problema da vida), outros ignoram óbvio por lhe ser mais cómodo.