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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

COPIA APRESENTAÇÃO DO MEU 1º LIVRO IVO FURT

 APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE AMÁLIA FAUSTINO MENDES Rimando nas Estrofes da Vida Boa tarde! Começo por cumprimentar o Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, Dr. , a Autora, Amália Faustino Mendes, muito querida Associada da APP, que se tem destacado e granjeando a admiração e o respeito de todos, afirmando-se a cada dia que passa, pela afabilidade, humildade e qualidade da sua poesia. Fiquei Feliz quando soube que rapidamente esgotou a 1ª Edição, cujo lançamento fez na Sede da Associação Portuguesa de Poetas, o que não admira, pelos atributos que referi da sua obra poética. Agora numa feição ainda mais aprimorada, em que uma vez mais me convidou para apresenta-la, o que faço com enorme prazer. Cumprimento os demais membros da mesa. - a prefaciadora da obra literária, poetisa Maria da Graça Melo. - a Drª Fernanda Marques (ex-Ministra da Educação de Cabo Verde) - ao poeta Joel Lira, uma referência da Poesia Portuguesa. Exmos. Convidados da Autora aqui presentes A apresentação de um livro é sempre um momento marcante, na vida literária e pessoal do Autor, dos Familiares e Amigos, que aqui se encontram para dar testemunho de mais um marco literário colocado pela Poetisa Amália Faustino. Eu atrever-me-ia a dizer que a afirmação literária, já começa a acontecer. Os leitores o dirão, e nós aqui estamos com a nossa Amália Faustino, apoiando-a nesta sua caminhada de conquistas e sucessos que lhe desejamos e acompanhamos de perto. Que privilégio! Falando agora na obra literária, começo desde logo por apreciar a capa, com a fotografia da Autora, nesta edição a cores, ressaltando a expressão do olhar atento à Sociedade, de uma poetisa de grande sensibilidade, que reporta na sua poesia, de modo acutilante, a intervenção nos pontos essenciais, de reprovação e da chamada de atenção para a necessidade de correção daquilo que está mal e que não é concebível acontecer em Portugal e no mundo, no Século XXI! Ainda na capa ressalta a excelência da escolha do título, “Rimando nas Estrofes da Vida”, com sonância própria e o destaque dado ao percurso de vida, aguçando o apetite da leitura do livro ora apresentado. Nascida em São Miguel (Cabo Verde), das notas biográficas ressalta o enorme esforço no percurso formativo, acompanhado por aquilo que começou em 1971 com o que chamou de “brincadeiras poéticas”, que crescendo e tomando corpo, permitiu que progressivamente participasse em espaços de poesia e ganhasse o prémio de Poesia Nosside 2015 em Itália. A sua determinação é bem patente, logo no seu primeiro poema. Sabia que um dia se afirmaria como poetisa, pois que a poesia já nascera consigo. A generosidade e o amor e também o respeito pelo próximo, são uma constante na sua linha poética. Sensível à injustiça e discriminação, são factos relatados que transbordam da sua escrita e transparecem na sua declamação, que cativam pela sua sensibilidade que aglutina à sua volta, muitos Amigos, que hoje aqui estão presentes. Mulher sonhadora, que procura dar asas ao seu sonho, como bem afirma no poema “Tio Bento”- pág. 13; que passou da insularidade marcante da terra natal , Cabo Verde, à vivência em Portugal, com o referido propósito. O Olhar atento ao que vai pelo Mundo é expresso em Arlete (pág. 14). Teve durante a sua vida referências poéticas, a que como pessoa de carácter, cita em jeito de agradecimento, a Sílvia Mota (pág. 15). Reconhece o valor da verdadeira Amizade, que deixa patente no poema “Amizade, na pág. 89, e não esquece os Amigos a quem dedica alguns dos seus poemas, tais como a Albertino Galvão (pág.16), entre outros. A autenticidade é uma das suas batalhas, não contemporizando com falsidades (Ex: Amor fingido, pág. 17). Mais adiante, na pág. 62 em “Ser bom sem fingir”. Os seus poemas nas páginas 18, 19, e 20 (Sebastião), são um verdadeiro Cântico ao Amor e à Paixão. O sublimar do sofrimento através da poesia, transparece no poema “Dor e Saudade”, na página 21. A esperança impulsionada num “Bom Dia”- pág. 53, em cada novo dia que acontece, foi uma outra feliz inclusão poética, que oferece ao leitor da presente edição. O Cântico a sua mãe Ermelinda é uma homenagem sentida e prestada pela sua única filha, enfatizando, como ela própria diz, as recordações infantis inesquecíveis (Págs. 22 e 23). A saudade das ilhas que deixou e as recordações que consigo levou (em “Saudades de todos”- pág. 24). E mais adiante, quando em Portugal a saudade de Cabo Verde “aperta” apresentado no poema Saudade (Soidade, como lhe chama em português crioulo, enriquecendo e transformando a língua portuguesa, dando assim o seu contributo para a difusão desse património da Lusofonia). O orgulho na sua Pátria, Cabo-Verde, é notório no poema “em Crioulo”, pág.65, excelente inclusão nesta edição. O Amor, o Desamor e a Salvação, são temas magnificamente abordados nos poemas que podem ler nas páginas 25 e 26. Momentos vividos e registados, da Páscoa, Aniversário, Dia da Mulher, dia Mundial do Ambiente, são expressos nos poemas das páginas 27 a 30. Mais adiante na pág. 42, apresenta-nos um lindo poema sobre o dia da criança, em que reflete a criança que existe em si. O Mundo e o Tempo em seu redor são objeto de reflexão traduzida na sua escrita de exceção (págs. 31 a 38), após o que se interroga sobre o caminho a seguir, e a sua capacidade para alcançar a desejada Felicidade, desiderato que qualquer ser humano procura atingir. Num momento de melancolia, interroga-se sobre o seu destino, na pág. 41. e recorda o “Mar da Cidade Velha”, na pág. 43. Cabo Verde é lembrado a todo o momento nos seus poemas, como: “Primavera” (pág. 71), a “Chuva de Agosto”, pág74; “Vulcão – Cabo Verde”, pág. 76; “Choveu”, pág. 98; “Chuva de Novembro”, pág. 105, e “A chuva de 18 de Dezembro”, pág113, deixando clara a influência, necessidade e dependência climática e concretamente, das chuvas, em Cabo Verde. Prezando muito a Amizade, é muito cautelosa nas escolhas e na procura de relações seguras e verdadeiras, construídas sem pressa e bem alicerçadas, como denotam os poemas: “Amor Azul”, “Sempre te quis”, “Amar à moda de 2012”, “Deixa-me amar-te” e “O Homem distingue-se dos animais” (págs. 46 a 50). Reflete e defende no poema “O Professor e a Paz Social”, que atrevome a dizer ser um dos seus poemas prediletos, adaptado e musicado, a importância do professor na determinação do rumo que queremos dar ao mundo vindouro. Pág. 44. A paz no mundo é uma preocupação manifestada pela autora e transparece também no repto lançado ao “Poetas del mundo constroem a paz”, pág. 94. Mulher determinada, que desde sempre soube o que queria e que para o obter percorreu um caminho duro, de “Dias sem noites”- pág. 108, até conseguir o seu propósito. Um exemplo a seguir, eu diria! Mais um poema incluído e que valoriza esta nova edição. O orgulho de mulher Cabo-verdiana, livre, que não esquece as suas raízes (muito claro no poema “Venero-te Cabo Verde”, pág. 60; e que tem um sonho que prossegue em sucessivas concretizações, de que o lançamento deste livro, aqui, constitui mais um importante marco, está claro no Poema “Passarinha das novas”, pág. 54 ; “Mãe negra”, pág. 52; “Andante voante”, “Vigor de um sonho”, “Sonhando saudades”, “Uma carta de alforria”, págs. 56 a 59. A luta pela igualdade de direitos e oportunidades de género, são também expressos no poema “Mulher e Fêmea”, pág. 55. Não ser indiferente ao meio circundante, é uma atitude da Autora, como se pode ver no poema com este título, apresentado na pág. 63; a escolha entre o bem e o mal e o propósito de ser boa pessoa, são desideratos apresentados de maneira inequívoca em “Ser bom sem fingir”, pág.62 e “O mal em triunfo”, pág.71. A Amália Faustino é uma mulher poetiza, com “Verdade nos olhos”, pág. 68, “Uma mulher de palavra” , pág. 100 e finalmente “Uma mulher com mérito e sorte”! Uma vencedora! Rimando com as Estrofes da Vida, levará certamente os leitores a uma viagem pelas encruzilhadas da vida de uma mulher lutadora, como a nossa Autora, Amália Faustino. Parabéns a Amália Faustino, pela Obra que hoje nos apresenta! Corroios, Sede da Associação Cultural da Junta de Freguesia de Corroios, 24 de Fevereiro de 2024. O Apresentador e Presidente da Associação Portuguesa de Poetas, Professor Doutor Ivo Álvares Furtado

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