Por ser criança, pensava num mundo
Ordenado e confinado à minha aldeia,
Exígua, sob um céu estrelado redondo,
Transbordando um luzir trémulo na ideia,
Ainda vaga, do que fosse um vagabundo,
Suspirando por um futuro, sem paranóia!
De olhos escancarados, a escola da vida
Erigida em mim, sobre alguns pilares,
Luziu as minhas lamparinas à pedalada!
Mundo afinal, extenso, diverso e perverso,
Ungido da vida a correr em vasos do predador
Narcótico e alcoolizado, e bélico, noutro verso,
Decantou em mim a desconfiança e o desprimor
Ornados na desarmonia dum futuro controverso.
Caído na consciência de que o meu é a concha,
O mundo de quatro dimensões vem e se agacha
No interior do meu campo emocional, ardendo,
Supurando chamas vivas, amargas, lançando
Torrentes de sofrimentos e gozos anestesiantes,
Revestindo a sua superfície de árvores galopantes
Orquestradoras de gritos cinestésicos e humanos
Em aflição, desarmada pelos próprios desumanos,
Martelava nos versos do poeta: vamos obter a paz!
Ah! Confessa, reconhecendo a necessidade da PAZ!
Paz e amor, essências do bem-estar e riqueza do mundo,
Arvoram, desatinando as armas, despedaçadas a findo,
Zunindo aos quatro ventos, enquanto inversos da guerra.
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