Os teus olhos que eu vejo,
Enquanto afastas o teu desejo,
Eles se afoitam a aventurar,
Enquanto os tentas assegurar.
Os olhos escondem mentiras
E exibem mensagens verdadeiras;
Os olhos persuadem e vencem
Desafios e fios que se tecem.
Os teus olhares, que sempre desvias
De repousarem nas minhas vias,
Ostentam, na verdade, que me querem!
E tu amas-me, mas coíbe-os de mostrarem,
Enquanto teimas e insistes que eles retirem,
Eles ficam, furtivos, a me devorarem.
Amália Faustino, 12 de março de 2013
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