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terça-feira, 19 de março de 2013

Faustino, meu pai


Fica para sempre na minha lembrança
Aquilo que foste, enquanto meu pai.
Única ofensa impregnada na memória
Sublinha-se colada na minha mente,
Transferida do tempo que já lá vai
Incluindo o dia de hoje e seguintes:
Nunca consideras ter-me abandonado
Onde ainda permaneço a sentir tua falta.

Meu pai, recordo que, num fatídico dia,
Encavalitei os teus ombros e a tua cabeça prendia,
Utilizando-te como meio de salvação e vida!

Porta e teto escancarados, as paredes soltaram
A tua cabeça partida sangrava como a minha
Inchando, doridas, esfriando ao sopro do vento.

Amália Faustino, 19 de Março de 2012

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