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sábado, 30 de julho de 2022

ONESIMO SILVEIRA

 

ONÉSIMO SILVEIRA

 

O “povo das ilhas quer um poema diferente”

Nem que seja um manifesto polivalente;

Escrevam, mas escrevam poema diferente

Semeiam sons surdos deste arquipélago

Inclusive em Santa Luzia, palavras voadoras

Moldadas pela urgência do rebento plantado

Onde a secura dura na altura e cai no achado;

 

Se o poema que escrever for diferente,

Independente do pensamento e da mente

Lavra, em alerta, caminho da liberdade

Verdades destronadas do gancho da idade,

Esgueirando entre reis e convivas, com vivas

Instantes da consciência confinada na zoada

Remando contra a marés e razões quebradas

A favor de um Cabo Verde com identidade.

 

Amália Faustino       29 de abril 2021

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