ONÉSIMO SILVEIRA
O
“povo
das ilhas quer um poema diferente”
Nem que seja
um manifesto polivalente;
Escrevam, mas
escrevam poema diferente
Semeiam sons
surdos deste arquipélago
Inclusive em
Santa Luzia, palavras voadoras
Moldadas pela
urgência do rebento plantado
Onde a secura
dura na altura e cai no achado;
Se o poema
que escrever for diferente,
Independente
do pensamento e da mente
Lavra, em
alerta, caminho da liberdade
Verdades
destronadas do gancho da idade,
Esgueirando
entre reis e convivas, com vivas
Instantes da
consciência confinada na zoada
Remando
contra a marés e razões quebradas
A favor de um
Cabo Verde com identidade.
Amália
Faustino 29 de abril 2021
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