No amor somos iguais
De um lado ele, do outro, ela…
O mar e a terra separam os dois
A mesma chama queima-lhe e a ela
Ambos não contêm fôlego de bois!
E ouve-se de lá chiando os dois
Da terra e do mar que observam,
A contenção de
energia dos sóis
Que sem as mãos não desbravam.
A energia contida nos órgãos
Fazem-nos avolumar, respirar,
E latejar sem dor nos pés e mãos
Mas sim de prazer a enfartar.
Se é o que arde que o faz espirrar,
O que é doce faz lamber os beiços,
O que é salgado vai a tensão alterar,
O corpo em tudo redobra em esforços.
Que coisa é essa que sinaliza a vitalidade,
Enlouquecendo qualquer um que a porta,
Desrespeitando preconceitos da sociedade,
Sem desprimor aos valores que importa?
Essa coisa é o amor de dois que se pretendam,
E se entregam, cegos por quem se lhes vê,
Ensurdecendo-se para o que deles se prevê,
Sem se importar com o que outros entendam!
Amor confisca a fraqueza e confere forças
Mesmo a arder como diz Camões, o amor é doce
Que omite qualquer sofrimento, sem esforços
Requerendo a ausência de foice e coice.
Amália Faustino, 22 de Dezembro de 2010
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