Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

no amor somos iguais




No amor somos iguais


De um lado ele, do outro, ela…
O mar e a terra separam os dois
A mesma chama queima-lhe e a ela
Ambos não contêm fôlego de bois!

E ouve-se de lá chiando os dois
Da terra e do mar que observam,
A contenção de  energia dos sóis
Que sem as mãos não desbravam.

A energia contida nos órgãos
Fazem-nos avolumar, respirar,
E latejar sem dor nos pés e mãos
Mas sim de prazer a enfartar.

Se é o que arde que o faz espirrar,
O que é doce faz lamber os beiços,
O que é salgado vai a tensão alterar,
O corpo em tudo redobra em esforços.

Que coisa é essa que sinaliza a vitalidade,
Enlouquecendo qualquer um que a porta,
Desrespeitando preconceitos da sociedade,
Sem desprimor aos valores que importa?
Essa coisa é o amor de dois que se pretendam,
E se entregam, cegos por quem se lhes vê,
Ensurdecendo-se para o que deles se prevê,
Sem se importar com o que outros entendam!

Amor confisca a fraqueza e confere forças
Mesmo a arder como diz Camões,  o amor é doce
Que omite qualquer sofrimento, sem esforços
Requerendo a ausência de foice e coice.

Amália Faustino, 22 de Dezembro de 2010

Sem comentários:

Enviar um comentário