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sábado, 24 de janeiro de 2015

QUANDO EU FOR POETA


QUANDO EU FOR POETA

Cogitei a possibilidade de ser poeta,
Já que a vida não é um linha reta
E suas curvas podem ser desentortadas
E as pontas arrebentadas, concertadas!

Será que posso ser um poeta de verdade?
Será que consigo sentir o que sinto?
E explicitarei com sinceridade
A essência da sensação que não pinto?

Se um dia for um poeta de verdade
Saberei arrumar palavras em cruz
Ou credo, em motes de certa beldade
Para atrair visores pela sua luz.

Enquanto me transformo num poeta,
Que não queira parecer um pateta
Que nenhum problema percebe,
Ostento males evitáveis que se concebe!      

Decido agora ir escrevendo umas palavras
Dispostas em cadeias para prender o ódio
E encavalitar outras em campos de lavras,
Construindo espaço prisional para o ócio.

Ah se conseguir ser poeta e souber escrever
Umas palavras livres que voam em liberdade!...
Desenharei os limites de um direito no dever
Engasgando a libertinagem fumada na felicidade!

As palavras que escrevo, a todos são oferecidas!
E pretendo que chovam no casulo do rancor
Para dissolver, nos espíritos, essências homicidas,
Adotáveis como solução qualquer em vigor.

Amália Faustino

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