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sábado, 14 de abril de 2018

sábado 14 abril

Novidade!!! Consegui sair de casa, apenas com uma cambrozina, tendo deixado o casaco e o cachecol em casa. Não tinha que ir ao sítio. Também já era segundo período do dia , o sol caminhava devagar e produzia uma tarde de temperatura amena, em que alguns jovens ousavam mostrar as canelas. Mas ainda alguns adultos só confiavam nas canadianas e carrinhos de roda. As dores das friezas ainda os molestavam, sucumbindo-lhes o sorriso atrás dos sulcos do sofrimento e a pele ficou enrugada aos rolos que pareciam tábuas de rolar a roupa. O pior em tudo são os dentes das pessoas que fumam ou fumaram ao longo da vida. Dentes pardos - os naturais. Os de postiço amarelam-se devido ao excesso de café e de nicotina e os outros à sua volta obrigam-se a consumir esses venenos lançados ao ar ou impregnados nas suas roupas.
Quando entram nos autocarros de coletivos de passageiros, deixam no chão cigarros a meias, ainda fumegantes como se esse tipo ganhou outra categoria que não fosse lixo. Também esse país queima mais do que todos os outros do mesmo continente, devido ao excessivos numero de fumadores descuidados com o fogo, ao deitarem fora as beatas de cigarro, enquanto viajam nas sua viaturas privadas, onde fumam sem intervalos.
Os cigarros já não se vendem nos balcões. A máquinas que os vendem ostentam figuras horríveis dos males que fumar faz, mas a lei só proíbe aos fumantes de fumarem em espaços cercados por paredes, mas não os impede de obrigar fumadores passivos a absorver o fumo com nicotina.
Um dia, eu estava numa paragem de autocarro, chegou uma mulher e sentou-se a meu lado, retirou o cigarro e o isqueiro. Acendeu o seu cigarro e desatou a fumar. E eu que não fumo, antes de absorver o fumo, disse-lhe:
    -Minha senhora, não se importa de fumar um pouco mais afastada de mim?
    - Oh! sim, sim! Não sabia que se incomodava. E afastou-se ficando a fumar e deitar fumo ao ar, para cima.
E eu que já estava revoltada interiormente, fique mais calma e quando ela parou de fumar, fui agradecê-la. Mas estava a recordar-me dum outro caso em Alcochete, também numa paragem de autocarro. Um homem chegou lá onde eu esperava pelo autocarro, fumou mais de um cigarro. Eu contava ter o autocarro em breve, mas não chegava. Então, enchi-me de coragem e manifestei o incómodo que me afligia aquele fumo. Não sei como disse ao homem, mas o certo é que ele rispidamente, desabou sobre mim palavras amargas e que eu estava-me queixar de cigarro porque estava sem problemas. Só depois de algum tempo ele apagou o cigarro que continuava a exalar.

 

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