Pesquisar neste blogue

domingo, 14 de agosto de 2011

Nasce o saco azul

Nasceu uma criança
Que trouxe numa mão uma alça
E a alça desprendera-se de algo
Que já não se via o seu apego!

Depois da criança
Um saco de abastança
Também nasce e se despeja
Na presença de quem peleja.

Inscrita no saco se vê:
Eu sou a tua abastança
Boa sorte a quem me vê
E me leva como herança!

Com as moedas de ouro
Torna-se rico e a parentes seus
Distribui parte do tesouro,
Assumindo o controlo dos fariseus.

E o saco de cor azul,
Da cor do céu do continente,
Do país e concelho decadente
É, num certo sítio, um paul.

E lá, cada quem é como cada qual,
Cada um seu bolso, e de lá a bolsa,
Se de qualquer controlo, tudo normal,
A contabilidade, existindo, é falsa.

Amália Faustino Mendes, 14 de Agosto de 2011

Sem comentários:

Enviar um comentário