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quinta-feira, 22 de junho de 2023

EM CRIOULO, MELHOR

 

EM CRIOULO SAI MELHOR

Cabo-verdiano está aqui e em toda a parte,

No país ou na diáspora, ligado em crioulo;

Sampadjudo ou badio, igualmente crioulo

Nos encontros, raciocínio em crioulo.


Cabo-verdiano, como nação diasporizada

Emigrante gesticula em fala desenrascada

Em língua estrangeira, gramática rasgada

Elegância nas palavras mágicas, em rodada.


Em língua d'acolhimento desenrasca no trabalho,

Processando em Língua materna - o seu crioulo;

Para atrair ou repelir outro - farpas em crioulo

E na canseira e raiva - baralhado, senão crioulo.


Ah! cabo-verdianos, amor e carinho só em Crioulo

Na terra ou longe, morabeza, grogue - só crioulo

Coladeira, batuque, torno com brio - só crioulo

Funaná, mazurca até no andar, morna - em crioulo.


Falar com toques e gritos - típico do crioulo,

Abraços de saudade e beijos doces - em crioulo;

Até em pandemia, máscaras debaixo do queixo

Boca e nariz à solta, é p’ra falar crioulo sem fecho.


Mas na pandemia, paciência! Aguenta, meu crioulo!

Bom tempo virá, limpo e livre de vírus do contra

Sorrisos soltos, gargalhadas de alegria na montra 

Mar de abraço, esperança na saúde forte, meu crioulo.


Amália Faustino Mendes       2 de Novembro 2020

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