Acordei suada, como se fosse verdade,
Todo o ato que realizei durante o sono…
Haveria movimentos, nesta idade,
Tão ágeis, tão frenéticos e em uníssono?
A dormir, meus olhos fechados vêem, a cores,
Os perfumes de paz que as narinas sorvem,
As gotas de carinho que anestesiam as dores
Dos cotovelos de solidariedade que movem.
Assim sendo, prefiro os sonhos e acordes,
A cadenciar meus tempos idos, medos verdes,
Nas fugas de coragem tremida duma mocidade,
Que conheceu os tempos de bonomia e caridade.
Só os sonhos que me vêm, batem recordes,
Só os sonhos que me vêm, batem recordes,
Com todo o vigor de outrora, ainda voa-me a alma
Que aterra a coragem da idade, nuns moldes
Estranhamente marcados no corpo e na fama.
Amália Faustino, 2 de Agosto de 20122
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