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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Quando eu for poeta




Quando eu for poeta de verdade
Saberei arrumar palavras em cruz
Ou credo, em montes de certa beldade
Que atraem visores pela sua luz.

Enquanto me transformo num poeta,
Também não quero parecer um pateta
Que nada vê ou nenhum mal percebe,
Ignorando ocorrências evitáveis na plebe!

Decido agora ir escrevendo umas palavras
Dispostas em cadeias que prendem o ódio
E encavalitar outras em campos de lavras,
Construindo espaço prisional para o ócio.

Ah se conseguir ser poeta e souber escrever
Umas palavras livres, que voam em liberdade!...
Desenharei os limites de um direito no dever
Para engasgar a libertinagem fundada na felicidade!

As palavras que escrevo, não vendo, são oferecidas 
E pretendo que sejam chuva no casulo do rancor
Para amolecer, no espírito humano, essências homicidas,
Adotadas em qualquer situação, como solução de cor.

Amália Faustino

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