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sábado, 25 de agosto de 2012

De Maio a badias





Fala-se no Maio de mulheres de falas mansas
Expondo paciência de ferro, brotando alianças  
Vestidas de tolerância apócrifa que se destaca,
Drenando permissividade a homens sem pataca.

Durante um tempo, sem coices nas andanças,
Silêncio nas foices e gritos nas esperanças,
Os dias e noites de livre arbítrio que degelam
Retomam a mansidão de badias que não degolam.

Mansas assim como todas são, mesmo a minha
Que é mulher de coices, que coxeia e acarinha,
Sem me confundir, quando me dá tapinha,
Mostra seus dentes e dotes amorosos de santinha.

E a minha é do Maio, é mesmo igual à badia;
É como mulher santiaguense, preta e luzidia;
Enfeita-se de tons rosa, vestindo-se a roxo,
Empolgando-se, para tirar do sério um macho.

Irresistível se torna na combinação de cor,
Incluindo a preta, a rosa e a roxa sem dor,
Insufladas pelos meus olhos saídos da caixa
Irradia-se ela, por mim e a alma não se queixa.

A luz que faz luzir meus olhos e esta luzidia,
Mesmo que outros olhos ma vêm uma badia,
A origem do amor que meu kretxeu me inspira,
Rompe com preconceitos e conceitos de mira.

Amália Faustino Mendes, 28 de Junho de 2011.


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