LIBERDADE
BOAVISTA
Mal pousei na ilha das
dunas
Escutei boas vindas
Parecia virem do mar.
Vi um lindo areal,
Soltando um sorriso genial
E gotas admiráveis.
Vi encher as lagunas
Chiando umas ondas
Mar encrespado
Com gargalhadas de eco
poupado.
Ouvi, como avanço
labiríntico
O berro dos carneirinhos
brancos
O marulho das braçadas
De monstros do fundo do
Atlântico.
A fantástica planura da
ilha
Sem onde agarrar, nem
estancar
Qualquer tsunami que
viesse abocar,
Pode gorgolejá-la sem
tática.
Senti um tremor só de
pensar
E ter que permanecer
Numa ilha baixa
Onde o mar pode sopesar…
É que nada vale estar a cansar
Pré ocupando com algo a avançar
Mesmo sem tropeçar me
salvava
Em apocalípe.
Abandonei algum palpite
Ou algo coincidente com
os ais
Advindos de algum colite
Por atos naturais sem
limite
Que só Deus decide, sem
mais.
Aqui sim, mas no país há relevo
Pontos altos e baixos,
Picos e planaltos serenos
Altivos e relutantes com
Deus,
Vales revirados e amenos
Iluminados, escuros e
comenos
Verdadeiras armadilhas.
De acolhedoras dentaduras,
Saem gracejos de
simpatias e amarguras
Escutados com
desconfiança
Qualquer avanço para um
abraço
Um receio de desesperança
Preenche a espinha de
inchaço.
Como objeto arremessado
Das alturas, surge
apressada
Uma figura em forma de anjo
Eu olhei em meu redor
antes
Com palpitação Uma C. Mereceu
Um monstr
Escárnio ou
Liberdade
Fronteira entre o carcere
e a liberdade
u aqui, à espera dum livre abraço
Pois, podia ser .
mais fácil falar palavras de
sarcasmo e zombaria do
que palavras de bênção
Faz algum tempo que perdi
a esperança
De um dia poder viver
devidamente
Cabo Verde suas ilhas ao
vento
Apenas pode
O sol dobra a terra boa
do Sal
Deixando na retaguarda
todo o mal
E Boavista assiste a descida serena
De energia contida O
ocultar a partir no seu pedestal
Dum sol desnorteante e
sem pena
Eu notei quando o meu sol
Ia descendo
vertiginosamente
Para ser pescado com o
ansol
Dum poente deprimente
Pena que eu seguia meu
sol de sempre
Como indicador de meus
pontos cardeais
Requisitos tais que ele
não cumpre
Dei-te as costas, para
não te ver ocultar
No poente que te absorve
porque me queres ver
Pelas costas
preferesme às suas costas
Sem me deixar energia,
lança-me nas fraquezas
Nesta tarde
Sempre te senti incerto
no trajeto
Quando esperava um norte
Ou quando te esperava
De olhos postos no leste
Para te ver nascer
9236962 catarina
De viver entre seres
humanos
Que não desejam promover
E aumentar o sofrimento
A quem já esteja mal na
vida.
Eu já perdi as forças
Para ver que se augure
De defensor de seres
humanos,
Semeando gérmens do mal
Sem comentários:
Enviar um comentário