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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Manto dos Mosteiros

 

Quando eu pisei no ambiente natural

Dos Mosteiros, sua encosta, o mural

Sempre vestida dum verde escuro

Olhava para mim com ar puro

 

Parecia abrir seus mantos pardos

Para me acolher e acarinhar

Entretanto o mar açoitava as rochas

Que lhe barravam o caminho

 

O mar tentava agarrar meu punho,

Meu pé ou qualquer parte do corpo

Para um mergulho branqueador

Por meio de vaivéns e sacudidelas

 

Quem for possuído por esse mar

 Fica descamado, volta pelado

E claro da cor dessa gente  

Que constitui o outro ambiente

 

A montanha a protetora da cidade

Onde o mar insiste em açoitar as rochas

Para o converter em almofadas

Onde faz amor com o sopé

 

Vai fazendo praias acolchoadas

Enquanto possui os montes,

Esquivando seus coices

E pedradas que são atiradas

 

\\

Onde pudesse deitar e rolar

Os montes vão atirando pedras

Que os carrapatos ajudam,

Com fundas de corda

A alcançar longas distâncias

E quebrar a cabeça das ondas

 

 Como se ao monte quisesse penetrar

Excitada pelo movimento ritmado

Ondas espumosas oferecem capuchino

A quem visitar os Mosteiros animado.

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