SAUDADES DO HOJE
Sempre sinto saudades,
Saudades do amanhecer em
cada hoje,
Cada hoje um dia que a
vida não foge
E as garras da morte em
debilidades.
Agradecida a Deus,
triunfante,
Desembaraço a noite à
jusante
E ao clarear, a janela,
deslumbrante,
Deixa refletir o sol
ainda espelhante.
Mistério!!! Processo
estonteante!
O dia sucede em sol escaldante
A noite acontece à lua
brilhante;
E a gente? Na prateleira
da estante.
E o Homem? Observa e
estuda impávido
O Universo, a natureza
apropria tão ávido,
Tira todo proveito quem
está na tirante
E a humanidade? Pouco
importante!
E depois? Tudo tem e nada cede
Toca primeiro, fica na
sede
Outro, se não alcança, procede
O Dono de tudo vê e até
precede.
O Universo, tem a quem
pertence
Se bem que homem a ele pertence,
Esquiva o Dono do sol,
lua, terra…
Tenta desvendar o
universo, até erra.
O homem fascina,
investiga, informa,
O homem coíbe ou exibe
conhecimento
E com bazofaria
exuberante, deforma.
A jeito, ou a guerra,
apossa do aposento.
Amália Faustino Mendes
26 novembro 2020
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