Pesquisar neste blogue

domingo, 15 de novembro de 2020

DEIXA-ME AMAR-TE

 

DEIXA-ME AMAR-TE

 

Sinto que te amo e tu a mim,

Cabo Verde, tento conter em mim

A atracão física que não quero

Que notes, que afinal é vero!

 

E o meu coração te persegue

O teu a mim e ao meu consegue,

Numa reivindicação mórbida visível,

Penetrar no meu recôndito indelével.

 

Ah! Não consegui agora escamotear!

Estou sendo apanhado em flagrante,

Pelo teu coração apaixonado a tatear

Com a língua de fogo, já penetrante!

 

Culpado sou eu e o crime foi ocultar

O amor exibido que ainda sinto por ti,

Pois, em pesada carga elétrica, parti

Para cima do teu coração a crepitar.

 

Cabo Verde, algema-me no teu tronco

Depois de marinar no chá de tartaruga

Até me encharcar e enervar como louco,

Numa paixão intranquila, isenta de fuga.

 

Amália Faustino Mendes    13 de Novembro 2020

Sem comentários:

Enviar um comentário