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sábado, 9 de abril de 2011

Vida ao léu



Parece-me triste viver desta maneira, ao léu,
Sem a segunda, nem a terceira cobertura,
De costas para baixo a contar astros do céu,
Escutando dos mosquitos a sua partitura.

O ócio é desejado e, até, preferido por aqueles
Que almejam para si uma tipificada liberdade,
Que objectivam, invejando o bem-estar daqueles
Pré-beneficiados e condicionados até pela herdade.

Perseguem tais condições de vida e de estar
Pertenças de outrem surripiam, sem emprestar,
Ainda que só para as ocultarem em mausoléus,
Ajudando a transportá-las, sem aguardar céus.

É gente que ganha a vida à custa de quem investe,
Com saco semi-vazio e veda a pele com pouco veste,
Esperando vencer males só quando subir ao céu,
Então trata-se de figuras humanas que me pareceu.

Tais figuras que parecem gente, mas não são,
Mas é porque de humano pouco aparentam ter
Atitudes e comportamentos com nada de são
Diabruras sem falta e ruindades sem abster.

O pior em tudo isto é o que abunda para tais criaturas
É aquilo que tanta falta faz às vítimas, verdadeiramente
O defensor de direitos humanos, favorecendo diabruras,
Rarefaz-se ao desfavor da vítima que as desmente!

Amália Faustino Mendes, 30 Novembro de 2010.

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