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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Amor sem Sermão

Enquanto penso e julgo não creio;

Se eu crer superficialmente, refreio;
Ao refrear meus instintos, contenho
O sentimento/sensação que detenho!

É claro que não sabes isso o que é
E alardeias ser amor esse seu rapé
Que os adultos cheiram e rejeitam
Em dias marcados, sentir não voltam!

Amor sente-se, e é um sentimento
Amar é sentir esse sentimento
Em si e para si, e, com nobreza,
Inspira e expira a sua natureza

A natureza do amor é um tanto
Simples, sincera e forte, no entanto;
O amor realiza-se sem lamento,
E não se iliba de mau momento

Vive-se o amor sem arrependimento!
Arrepende-se de certa falta de alimento
Ao amor, consumado na indevida altura,
Para efeito de dispensar sua captura!

Ninguém dispensa o amor, captura-o,
No âmago de um trama urdido, fura-o
E lá encontra o essencial de seus ensejos
Que faltava assimilar, saber viver desejos!

O amor assimila-se e acomoda-se nele
Intelectualmente percebido como aquele
Que se vive de corpo, espírito e alma,
De pureza satisfação de quem se ama!

Aceita-se o amor a qualquer altura;
Ninguém se afasta do amor que dura
Em função do tempo do amor vivido,
Mas, em função do amor no tempo vivido!

Ser profundamente amado por alguém
Dá força e não a tira de ninguém!
Amar alguém, profundamente, dá coragem
Se for correspondido sem muita miragem!

Amália Faustino Mendes, 28 de Abril de 2011

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