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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Homenagem, Mãe


Eu te homenageio, nesta data
Recordando-te pelo que resta,
Mimando as lembranças tuas,
Engolindo as dores e as mágoas
Lançadas aqui, neste meu peito
Infiltradas de qualquer jeito,
Num coração despedaçado,
Desgostado e muito cansado,
Antes nostálgico e melancólico.

Sumiram com a tua presença
Esconderam-te sem minha avença
Mal entrei naquela melancolia
Estonteante, à minha revelia,
Deram-te o sinal de partida
Ordenando a tua urgente saída!

Foste sempre medrosa e cobarde;
Ultimamente, temias à vara verde
Ruidosamente estremecida, suando,
Triturando palavras, cambaleando
Ao tentar recuar das consequências
De qualquer ajuste de flatulências,
Onde a morte resolveria decidir: já!

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