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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Primavera



Aqui não há Primavera!



Sei que a Vera é prima de alguém:

É prima do fim de Dom Azágua

É a marca do tempo seco que ela tem

Nos lugares onde nenhum passa régua!



Oh! Então se ali não a conheces

Aqui na Europa, ali na América

E mesmo lá na Austrália e África

Vá lá e neste tempo a reconheces.



Primavera não marca o tempo seco,

Primavera assinala a revitalidade

E as plantas brotam rebentos sem eco

Mostrando suas flores ainda sem idade.



Flores que exibem cores e exalam cheiros

Fazem espirrar, lacrimejar, fotografar canteiros

E guardar realidades exóticas e deslumbrantes,

Ostentando o carácter de alegres semblantes.



De tamanhos e feitios para parte dos bolsos

Dizer para todos os gostos, são ditos falsos

Ao não serem flores para todas as posses

Desejar, roubar e correr, pés com entorses!



Tu aqui olhas para as fotos de flores belas

Que só existem noutras paragens e zelas

Pelas plantas ornamentais do teu quintal,

E valoriza o pouco que tem coloração igual.



Amália Faustino Mendes, 7 de Abril de 2011

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