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domingo, 24 de abril de 2011

Mundo sem lágrimas



Nasci no alto de um outeiro
Cresci com a família Monteiro,
Vivi no meio de companheiros,
Num campo de dragoeiros!

Eu era um poço de utilidade
Meus parentes, com probidade
Fizeram-me horta de felicidades
Onde semearam honestidades!

Criei e cultivei a minha família
Onde ninguém era feliz à revelia
De o outro ficar em lamento,
Pela infelicidade em detrimento!

Ninguém é verdadeiramente feliz
Ante outro gerador da infelicidade,
O próximo, um espelho que prediz
E reflete o outro em conformidade!

E hoje que já não sou nem estou
Expetante - o mundo diversificou,
Paradoxos, Interesses, desinteresses,
Idealizados em abundantes impasses.

E gora, já de partida, serei levada,
Experimento uma levada alterada
Absurdos, incongruências, desapegos,
Males, apertos, numa família de inimigos.

Neste exacto momento, resta-me ir
Antes que o coração chore a partir,
Ou venha a bramir se pouco muda
Num mundo indisposto, sem ajuda!

Amália Faustino Mendes, 24 de Abril de 2011.

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